Decreto reduz subsídios da conta de luz.
Os subsídios na conta de luz
do consumidor vão ser reduzidos. O Diário Oficial da União traz nesta sexta-feira
(28), um decreto assinado pelo presidente Michel Temer com o objetivo de
reduzir gradativamente os descontos concedidos em tarifa de uso do sistema de
distribuição e tarifa de energia elétrica, bancados pela Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE), paga por todos os consumidores.
“A partir de 1º de janeiro
de 2019, nos respectivos reajustes ou procedimentos ordinários de revisão
tarifária, os descontos serão reduzidos à razão de 20% ao ano sobre o valor
inicial, até que a alíquota seja zero”, diz o decreto.
No último dia 19, o
Ministério de Minas e Energia enviou à Casa Civil da Presidência da República a
proposta de decreto para cortar alguns dos subsídios tarifários presentes na
conta de luz. A CDE é uma espécie de taxa embutida na conta de luz que custeia
programas sociais, descontos tarifários e empréstimos subsidiados para o setor.
Segundo o ministério, o
objetivo da medida é retirar das contas de energia elétrica, pagas pelos
consumidores de todo o país, benefícios a atividades considerados estranhos ao
setor elétrico, como serviço público de água, esgoto e saneamento.
A proposta foi encaminhada
pelo titular da pasta, Moreira Franco, que defende a eliminação desse tipo de
subsídio como forma de reduzir os preços nas contas de luz.
"O decreto propõe uma
transição de cinco anos para eliminação total dos benefícios considerados
injustificáveis do ponto de vista setorial. De acordo com o decreto, a partir
de janeiro de 2019, os benefícios serão reduzidos à razão de 20% ao ano, até
sua extinção", informou o Ministério de Minas e Energia, no dia 19.
O objetivo é também eliminar
a cumulatividade de dois subsídios concedidos à irrigação e aquicultura na área
rural, "que hoje permite que um mesmo beneficiado tenha acesso aos dois
subsídios ao mesmo tempo".
CDE
A Conta de Desenvolvimento
Energético é um fundo setorial que concede benefícios a diversos grupos, como a
tarifa social da baixa renda e o programa Luz para Todos; descontos para
diversos grupos, como agricultores, irrigantes e empresas de saneamento;
subsídios para produtores e consumidores de energias renováveis e para compra
de carvão mineral; empréstimos subsidiados para distribuidoras da Eletrobras e
compra de combustível para usinas termelétricas em regiões isoladas.
Agência Brasil
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