Em Picuí, Projeto 'Família que Acolhe' finaliza etapa de reuniões e já possui leis municipais sancionadas.
Os municípios de Salgado de
São Félix e Sobrado já atenderam à recomendação expedida pelo Ministério
Público da Paraíba (MPPB) e sancionaram, recentemente, a lei que cria o serviço
municipal de acolhimento familiar. Outros três municípios (Juripiranga, Arara e
Solânea) também encaminharam seus respectivos projetos de lei sobre a matéria à
Câmara de Vereadores. A criação de serviços municipais de acolhimento familiar
de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade é o principal
objetivo do projeto estratégico do MPPB intitulado 'Família que Acolhe', que
encerra nesta quinta-feira, em Picuí, a etapa de reuniões com gestores de
municípios da 2a microrregião da Paraíba, polarizada por Guarabira.
A última reunião aconteceu na
manhã desta quinta-feira (13), no auditório da Prefeitura de Picuí. O evento promovido
pela promotoria local e com o auxílio do Centro de Apoio Operacional às
Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente e da Educação
(CAO). Participaram o promotor de Justiça Alcides Leite e o promotor de
Justiça, Alley Escorel (que coordena o CAO), além de representantes dos
municípios de Picuí, Baraúna, Frei Martinho, Pedra Lavrada e Nova Palmeira.
Nesta quarta-feira 12),
também foi realizada reunião do projeto na Promotoria de Cuité, com a
participação dos promotores de Justiça Eduardo Torres e Dennys Carneiro e de
representantes do Executivo e do Legislativo dos Municípios de Cuité e Nova
Floresta. O evento também teve o apoio da equipe multiprofissional do CAO.
Conforme explicou Alley
Escorel, o acolhimento familiar representa uma alternativa importante e
preferencial à institucionalização em abrigos, sendo normalmente menos
dispendiosa e propiciando o atendimento em ambiente familiar, que garante
atenção individualizada à criança e ao adolescente e a convivência comunitária,
permitindo, assim, a continuidade da socialização deles. “Para além do
encaminhamento dos projetos de lei, já temos leis aprovadas em alguns
municípios e isso nos deixa muito feliz”, comemorou.
Reuniões em 15 promotorias
De outubro até agora, foram
realizadas reuniões com gestores, secretários, vereadores, conselheiros
tutelares e de direitos das crianças e adolescentes de municípios abrangidos
por 15 promotorias de Justiça da 2a microrregião (polarizada pelo município de Guarabira),
que aderiram ao projeto. Foram elas: as Promotorias de Justiça de Itabaiana,
Sapé, Araçagi, Gurinhém, Mari, Guarabira, Solânea, Serraria, Araruna, Belém,
Bananeiras, Caiçara, Pirpirituba, Cuité e Picuí.
A próxima etapa do projeto
será uma audiência com a prefeitura de cada município que ainda não possui o
serviço de acolhimento familiar para receber a comprovação da entrega do
Projeto de Lei à Câmara ou discutir a assinatura de um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC).
O projeto
O projeto “Família que
Acolhe” está embasado no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do
Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária
(PNCFC), que estabeleceu como uma de suas diretrizes, o desenvolvimento de
políticas públicas voltadas à implantação de programas de acolhimento familiar
de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Também encontra amparo na
Lei 12.010/2009 (que estabelece que a inclusão de crianças e adolescentes em
programas de acolhimento familiar deve ser a primeira opção a ser analisada
pela autoridade judiciária) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
8.069/1990), que em seu artigo 107, diz que o acolhimento familiar deverá
ocorrer no local mais próximo à residência dos pais ou do responsável,
especialmente em virtude do esforço para propiciar a reintegração familiar da
criança e do adolescente.
Com Ascom/MPPB
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