Relator defende aumento no repasse ao Fundo de Participação dos Municípios.
Comissão
especial deve analisar o parecer do deputado Júlio Cesar em 2019
O deputado Júlio Cesar
(PSD-PI) apresentou nesta terça-feira (18) seu relatório à comissão especial da
Câmara dos Deputados que analisa o aumento do repasse ao Fundo de Participação
dos Municípios (PEC 391/17). O parlamentar é favorável à aprovação da proposta.
A reunião do colegiado para
analisar e votar o parecer não chegou a acontecer hoje por falta de quórum.
Apenas três deputados marcaram presença, de um mínimo de 14 necessários.
A proposta acrescenta, na
distribuição de recursos da União provenientes da arrecadação dos impostos
sobre renda (IR) e sobre produtos industrializados (IPI), 1% ao FPM, a ser
entregue no mês de setembro de cada ano.
A Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 391/17, de autoria do senador Raimundo Lira (PSD-PB),
estabelece que esses recursos sejam destinados ao FPM de forma escalonada,
sendo 0,25% no primeiro ano, 0,5% no segundo, e 1% a partir do terceiro.
Atualmente, a Constituição
Federal já estabelece que a União transfira, do arrecadado com Imposto de Renda
e IPI, 22,5% aos municípios por ano, mais 1% em julho e 1% em dezembro.
Júlio Cesar disse que houve
nos últimos anos “exagerada concessão” de incentivos fiscais como instrumentos
de política anticíclica em resposta à crise financeira internacional de 2008.
“Um aumento de um ponto percentual constitui medida oportuna e benéfica para os
municípios e permite também à União se programar para compensar a redução de
suas receitas”, argumentou.
Para Júlio Cesar, os
aumentos distribuídos ao longo do ano ajudam a atenuar o impacto negativo
provocado pela sazonalidade do FPM. O relator fez uma estimativa que a mudança
aumente em R$ 9,93 milhões o caixa dos municípios até 2023.
O relator defendeu a
rejeição de outras seis propostas apensadas (PECs 6/15, 183/15, 215/16, 279/16,
339/17 e 421/18). De acordo com Júlio Cesar, os textos propunham aumentos “em
patamares insuportáveis” para o equilíbrio das contas públicas na esfera
federal e imediata vigência.
Tramitação
Como o colegiado não deve
voltar a se reunir em 2018, a proposta só voltará a ser analisada no ano que
vem. O projeto não será arquivado com o final da legislatura porque veio do
Senado.
Agência Câmara Notícias
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