Mulher mata o próprio pai com veneno para carrapato em leito de hospital em Natal, diz polícia.
Uma mulher matou o próprio
pai, aplicando veneno para carrapato na veia dele. O homem estava internado no
Hospital Giselda Trigueiro, na Zona Oeste de Natal. A informação foi confirmada
pela Polícia Militar. De acordo com o sargento José Oliveira, do 9º Batalhão da
PM, ela alegou que o pai estava muito doente e tomou a decisão de matá-lo para
“evitar mais sofrimento”. O homem tinha AIDS e estava internado por
complicações da doença.
A mulher foi visitar o pai
durante a tarde desta terça-feira (15) na unidade hospitalar, que é referência
em infectologia no Rio Grande do Norte. O homem estava internado na UTI. Ainda
segundo o sargento José Oliveira, a filha levou uma seringa com o veneno de
carrapato e injetou a substância no soro do pai.
O homem morreu em seguida e
ela ficou no hospital. Quando os médicos perceberam o que havia acontecido,
acionaram a polícia. A mulher foi presa levada para a Divisão de Homicídios e
Proteção a Pessoas (DHPP) para prestar depoimento.
Aos policiais civis, a
mulher disse que tomou a decisão de matar o pai para acabar com o sofrimento
dele, contudo o homem não a teria pedido que fizesse isso. "Ela disse que
sentia o pai sofrendo e, em um ato de desespero, resolveu fazer isso",
afirma o delegado Roberto Andrade, que conduziu os trabalhos na cena do crime.
A mulher contou em
depoimento que comprou o produto em uma loja de rações e depois foi comprar a
seringa. "Ela disse que, no momento em que foi comprar a seringa, ainda
pensou em desistir. Mas tomou coragem e foi até o hospital", complementa
o delegado.
Quando entrou na UTI, a
mulher aproveitou que estava a sós com o pai, com a cortina que separa os
leitos fechada, para aplicar o veneno de carrapato no soro. "Os médicos
notaram um cheiro da substância, que não era comum ao ambiente. Depois viram a
coloração do recipiente do soro mudar e encontraram a seringa no lixo. Logo
depois acionaram a polícia", afirma o delegado Roberto Andrade.
A mulher informou que já
teve depressão e que até hoje toma remédios em decorrência da doença. O
delegado Roberto Andrade diz que ela vai responder na Justiça por homicídio
qualificado.
G1
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