Bolsonaro afirma que não haverá horário de verão em 2019.
Parecer do MME diz que
medida não reduz consumo de energia
O presidente Jair Bolsonaro
afirmou nesta sexta-feira (5), que decidiu não adotar o horário de verão este
ano. Segundo ele, a decisão foi baseada em um parecer do ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, que aponta pouca efetividade na economia
energética.
"Ele [ministro] trouxe
um parecer 100% favorável ao fim do horário de verão. No parecer dele, [o
horário de verão] não causa economia [de energia] para nós e mexe no teu
relógio biológico, então atrapalha a economia, em parte. E só temos o que ganhar,
no meu entender, mantendo o horário como está", disse Bolsonaro, logo após
participar da inauguração do espaço de atendimento da Ouvidoria da Presidência
da República, no Palácio do Planalto.
No ano passado, estudos da
Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME),
em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em
termos de economia de energia, a medida não tem sido mesmo eficiente, já que os
resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”. O horário de verão foi
criado em 1931 com o intuito de
economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais
quente do ano, e tem sido aplicado no país, sem interrupção, ao longo dos
últimos últimos 35 anos.
Normalmente, o horário de
verão ocorre entre outubro e fevereiro, quando os relógios devem ser adiantados
em uma hora, e vigora nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Por Pedro Rafael Vilela -
Repórter da Agência Brasil
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