MP denuncia sargento da PM por estupro e homicídio de universitária em Caicó, RN
Zaira Dantas Silveira Cruz, (foto), de 22 anos, foi encontrada morta no dia 2 de março
O Ministério Público do Rio
Grande do Norte denunciou nesta terça-feira (2) à Justiça o sargento da Polícia
Militar de 36 anos suspeito de estuprar e matar a estudante universitária Zaira
Dantas Silveira Cruz, de 22 anos, no dia 2 de março, durante o carnaval, na
cidade de Caicó, na Região Seridó do estado.
O MP ofereceu denúncia
contra o policial pelos crimes de estupro consumado e homicídio quadruplamente
qualificado e pediu que ele seja submetido ao Tribunal do Júri Popular. A
denúncia foi protocolada na 3ª vara da comarca de Caicó nesta terça-feira (2).
O sargento de 36 anos foi
preso no dia 15 de março em Currais Novos - sua cidade natal e também de Zaira
Cruz - e levado para Natal, onde segue detido no Comando Geral da Polícia
Militar.
A denúncia do Ministério
Público se baseou no inquérito policial do caso para indicar o PM como suspeito
de ter cometido o crime. O MP aponta que o sargento usou de "violência
física extrema" e estuprou Zaira dentro do carro antes de matá-la.
De acordo com o MP, o sargento
teria a matado por asfixia mecânica ao esganá-la "com o objetivo de
assegurar a ocultação do crime sexual". O Ministério Público afirmou que o
assassinato teve a intenção de ocultar o crime sexual, já que "caso não
tivesse sido assassinada, Zaira Cruz comunicaria o crime de estupro às
autoridades policiais", segundo o documento.
“Os indícios formam um corpo
robusto, uníssono, concatenado e que aponta para o denunciado como sendo o
autor do delito”, destacou o o MPRN na denúncia. A denúncia do MPRN também
requer que o processo tenha prioridade de tramitação, conforme prevê o Código
de Processo Penal, uma vez que se trata de crime hediondo.
Denúncia
As indicações do MP para o
assassinato apontaram que o sargento traiu a vítima, já que, segundo a denúncia,
ela se sentia "segura" pela relação que os dois tinham. Assim, a
conduta do sargento "encontra-se maculada também pela traição, pela quebra
de confiança".
O MP aponta ainda que o
estupro e o assassinato "decorreram também o desprezo nutrido" pelo
sargento "pela condição de mulher de Zaira Cruz, o que já havia se
revelado em outra oportunidade, quando o ora denunciado forçou relação sexual
sem preservativo".
Segundo o Ministério
Público, após o assassinato, o sargento precisou criar uma
"história-cobertura", pois havia sido a última pessoa a ter sido
vista com Zaira em vida.
O crime
Zaira foi encontrada morta
na manhã do dia 2 de março deste ano, no sábado de carnaval, dentro de um carro
na cidade de Caicó, na Região Seridó do RN. Moradora do município de Currais
Novos, que fica na mesma região, ela havia ido ao município para passar o
carnaval.
O Corpo de Bombeiros e a
Polícia Militar foram acionados por amigos, mas já a encontraram sem vida.
Por G1 RN
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