PEC que unificaria as eleições pode interferir na política da PB.
A polêmica em torno da PEC
56/2019, apensada à PEC 376/2009, que propõe uma eleição única em 2022, pode
interferir enormemente na política estadual da Paraíba caso seja aprovada pelo
Congresso. Ocorre que atualmente das maiores cidades da Paraíba, em termos
eleitorais que têm 1.243.486 eleitores, ou 43,25% do total do Estado, tem na
sua maioria cidades administradas pela oposição ao atual governador João
Azevêdo (PSB).
Só na Grande João Pessoa –
Capital, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo - estão 25,42%, ou mais de ¼ dos
votos. O maior poder eleitoral é da
capital, com 520.736 votantes, ou 18,11% do total do Estado, administrada
atualmente pelo prefeito Luciano Cartaxo. Campina tem pouco mais que a metade:
são 286.478 eleitores, ou 9,93%, administrada por Romero Rodrigues, e Santa
Rita, 93.984, ou 3,25%, administrada por Emerson Panta.
Na sequência, Bayeux, 70.121
(2,43%); Patos, 64.038 (2,22%); Cabedelo, 46.697 (1,62%); Sousa, 44.892
(1,56%); Cajazeiras, 43.743 (1,52%); Guarabira, 40.220 (1,39%); e Sapé, 34.077
(1,18%). Dessas, cinco estão com a oposição
– João Pessoa, Campina, Santa Rita, Cajazeiras e Guarabira - e somam 983.661
votos. As outras, com o PSB e aliados, e atingem 259.825 eleitores.
De acordo com o autor da PEC
56/2019, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), a proposta já
recebeu o parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara dos Deputados, Valtenir Pereira (MDB-MT), e aguarda apenas a votação
para seguir ao plenário. “Temos grandes chances de aprovarmos essa proposta,
basta união. Então, é importante que identifiquemos os deputados de cada estado
que compõem a CCJ para pedirmos o apoio, pedir para que votem favorável ao
relatório”, destacou durante pronunciamento encaminhado aos prefeitos e
vereadores da Paraíba.
PB Agora
Nenhum comentário