LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: Famup solicita que TCE-PB exclua despesas de programas federais da análise de gastos com pessoal.
A Federação das Associações
de Municípios da Paraíba (Famup) voltou ao Tribunal de Contas da Paraíba
(TCE-PB), nesta segunda-feira (12), para reforçar o pedido para que o Corte
exclua das despesas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) os gastos com remuneração
de pessoal, relativamente aos programas financiados com recursos federais. O
presidente da Famup, George Coelho, foi recebido pelos conselheiros Nominando
Diniz e Arthur Cunha Lima e reforçou o pedido de prefeitos que vêm sendo
prejudicados nas análises das contas.
“Pedimos a revisão do
posicionamento adotado pelo Tribunal de Contas, a fim de permitir, quando da
análise das prestações de contas municipais, a exclusão dos gastos de despesa
com pessoal na apuração do comprometimento da receita corrente líquida,
conforme preconiza a vigente lei de responsabilidade fiscal. Essa medida trará
grande alívio aos gestores municipais”, destacou George Coelho.
De acordo com a Famup, o
posicionamento adotado pelo TCE-PB de que as despesas com o pagamento da remuneração
dos agentes públicos que atuam na execução dos programas federais devem ser
computados como gastos de pessoal têm afetado a situação dos municípios
paraibanos, na medida em que não conseguem equacionar o incômodo aumento de
suas despesas de pessoal. Os programas federais citados são no âmbito da saúde
e da assistência social, a exemplo da Atenção Básica, dos Agentes de Saúde (ACS
e ACE) e do Programa Saúde da Família.
A interpretação do TCE-PB
tem constituído um fator preponderante na rejeição de contas dos gestores
municipais, os quais, por força da execução de tais programas, todos de caráter
social em sentido amplo, não têm conseguido conter as despesas com pessoal nos
limites preconizados na LRF. “A inobservância do limite legal desses gastos,
prejudicando sobremaneira os gestores municipais paraibanos, que vêm recebendo
contra si não somente a imputação de pesadas multas como a emissão de pareceres
pela rejeição de suas respectivas contas, com sérias e graves consequências na
esfera cível e administrativa”, disse o presidente da Famup.
Durante a conversa com os
conselheiros, o presidente George Coelho, destacou que outros Tribunais de
Contas, como o do Paraná, já mantêm o entendimento de que os recursos federais
oriundos da parte variável da atenção básica (PAB), destinados às equipes
multidisciplinares para realização dos programas de saúde, excepcionalmente,
não devem ser computados para efeito de fixação dos gastos com pessoal.
O presidente da Famup disse
que o objetivo é conversar pessoalmente com todos os conselheiros sobre o tema
e aguardar um posicionamento do TCE-PB sobre uma possível revisão no
entendimento da Corte sobre a aplicação de recursos federais e a fixação dos
gastos com pessoal nos municípios.
Assessoria de Imprensa
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