Justiça do ES decreta falência da Telexfree.
Decisão é da juíza Trícia
Navarro, da 1ª Vara Cível de Vitória. Empresa é acusada de praticar pirâmide
financeira.
A Justiça do Espírito Santo
decretou, nesta segunda-feira (9), a falência da Telexfree, empresa acusada de
praticar pirâmide financeira no Brasil. A decisão é da juíza Trícia Navarro, da
1ª Vara Cível de Vitória.
A empresa tem sede em
Vitória e deve mais de R$ 2 bilhões aos credores.
O pedido de decretação de
falência foi ajuizado por um dos credores, que acionou a Justiça para receber o
valor de mais de R$ 50 mil. De acordo com a decisão, a empresa confirmou o
valor devido, disse ser incapaz de pagar a dívida e não se opôs ao pedido.
Na decisão foi nomeado um
administrador judicial - uma empresa do estado de São Paulo - que deverá fazer
a arrecadação de bens e documentos relativos à empresa. Os sócios
administradores da Telexfree deverão apresentar a relação nominal dos credores.
A juíza também determinou a
suspensão de todas as ações ou execuções contra a empresa, com algumas
ressalvas previstas em lei, além da lacração da empresa, mesmo que ela já tenha
encerrado suas atividades. Além disso, a magistrada destaca que qualquer
indício de crime praticado pelos sócios poderá resultar em prisão preventiva.
Foi ordenada, ainda, a
publicação de edital contendo a íntegra da decisão. Depois de publicado o
documento, os credores poderão apresentar suas habilitações e divergências.
A decretação da falência foi
comunicada a órgãos como o Banco Central, Bolsa de Valores, Banco do Brasil,
Caixa Econômica, cartórios e Secretaria da Fazenda de Vitória.
O G1 entrou em contato com a
empresa e, por meio do advogado Horst Fuchs, foi informado de que a Telexfree
ainda não foi intimada.
Crimes
Os donos da Telexfree já
foram denunciados por crimes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em
janeiro deste ano, o dono, Carlos Costa, foi condenado pela Justiça a três
anos, sete meses e 21 dias de prisão por omitir e prestar informações falsas na
declaração de imposto de renda de pessoa física, resultando, assim, na
sonegação de R$ 3.960.073,13.
Por Naiara Arpini, G1 ES
Nenhum comentário