População de Picuí (PB) deve ficar atenta à vedação de reservatórios de água, principal foco do mosquito Aedes aegypti.
Há cinco anos em situação de
risco para surto das três enfermidades, o município já registrou, de janeiro a
julho de 2019, 48 casos de dengue e três de chikungunya.
Com a estiagem que deixou
oito em cada 10 municípios paraibanos em estado de emergência, em abril
passado, virou rotina estocar água em casa. Mas ‘guardar’ água em baldes e
outros recipientes, de saída para amenizar a seca, representa, agora, um
problema de saúde pública: o armazenamento incorreto contribui para o
surgimento de criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e
chikungunya. Essas doenças já mataram 13 pessoas na Paraíba, neste ano, segundo
último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde.
Há cinco anos em situação de
risco para surto das três enfermidades, Picuí já registrou, de janeiro a julho
de 2019, 48 casos de dengue e três de chikungunya. Os números já ultrapassam os
de 2018, quando foram identificados 49 casos das duas doenças. Não há
notificações de zika. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município,
Airy Yslenia, revela que a maioria dos focos do mosquito é encontrada dentro
das residências, em baldes com água destampados.
“Aqui, a chuva é escassa e
muitas pessoas guardam água em depósitos. Oitenta por cento dos focos
encontrados estão em baldes dentro das residências e não nas caixas d’água.”
A Vigilância Epidemiológica
do município atua diretamente em bairros que mantém a região na zona de risco.
Nas visitas, os agentes fornecem telas de proteção para os depósitos de água e
limpam focos com larvas do mosquito. O diretor de Vigilância Ambiental de
Picuí, Roberto Jalles, pede aos moradores que adotem medidas para manter os
ambientes livres do Aedes.
“Vamos todos vedar [e
limpar] seus depósitos de água. Se cada morador fizer sua parte, com certeza,
iremos acabar ou reduzir a dengue.”
A prefeitura de Picuí também
trabalha na conscientização de jovens. As 14 escolas municipais recebem
palestras e oficinas que ensinam o combate ao mosquito. A diretora da Creche
Municipal Professora Marivalda Cassimiro, Ildervânia Dantas, de 38 anos, teve
dengue em junho deste ano. Para a gestora, os conteúdos sobre prevenção prestam
serviço “importante” pois, em sua avaliação, são bem assimilados pelos
estudantes.
“Quando as crianças
participam das palestras, comentam com pais e amigos. De certa forma, elas são
uma ponte de informação. É necessária uma mobilização muito intensa, um
envolvimento de todos, tanto da Saúde como da Educação, para alcançarmos bons
resultados.”
Aqui vão algumas
recomendações do Ministério da Saúde para a limpeza dos reservatórios de água.
É importante mantê-los tampados. A limpeza deve ser periódica, com água, bucha
e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem
nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Segundo o ministério, esse
cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no
ambiente seco.
Caso você conheça algum
terreno abandonado ou focos do mosquito transmissor da dengue, zika e
chikungunya, entre em contato pelo número do “Disque dengue” de Picuí: (83) 9
9831 6911. Repetindo: (83) 9 9831 6911
Para mais informações,
acesse: saude.gov.br/combateaedes .
Por Agência do Rádio
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