João Azevêdo anuncia novo modelo de gestão das unidades hospitalares.
O governador João Azevêdo
anunciou, nesta segunda-feira (23), a determinação para a Secretaria de Estado
da Saúde (SES) comunicar, imediatamente, o encerramento de todos os contratos
de gestão pactuada com as Organizações Sociais na área da saúde, obedecendo um
calendário instituído pelo governo. Em entrevista coletiva realizada no Palácio
da Redenção, em João Pessoa, o chefe do Executivo estadual também apresentou os
cronogramas de transição das unidades hospitalares para a administração
estadual e, em seguida, para a Fundação PB Saúde.
Na ocasião, ele ainda
apresentou ações de controle nos contratos de gestão pactuada em 2019, quando
houve intervenção, auditoria, fim do contrato com a Cruz Vermelha e
implementação de novos fluxos operacionais de fiscalização junto aos gestores
de contrato, com apoio da Controladoria Geral do Estado (CGE).
De acordo com o gestor, o
Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, e o
Hospital de Mamanguape passarão a ser geridos pelo governo estadual a partir do
próximo dia 28. Já a Maternidade Peregrino de Carvalho, em Patos; o Hospital
Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita; o Complexo Hospitalar e
Hospital do Bem, em Patos; as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de
Guarabira, Santa Rita e Princesa Isabel, além do Centro Especializado em
Reabilitação (CER) de Sousa passarão para o controle da SES nos primeiros dois
meses de 2020 (cronograma completo em anexo).
João Azevêdo também explicou
que, após a tramitação e autorização, por parte da Assembleia Legislativa, para
a criação da PB Saúde e a publicação do decreto do Poder Executivo, as unidades
hospitalares passarão a ser administradas pela Fundação a partir de abril de
2020 (cronograma em anexo). As medidas adotadas pelo Governo do Estado visam
solucionar problemas relacionados à gestão das OSs e dos codificados na
Paraíba.
“Nós tomamos as providências
que se faziam necessárias e planejamos essa nova estrutura que se concretizou
com o envio à Assembleia Legislativa do projeto que cria a PB Saúde. Além
disso, a questão dos codificados é uma exigência constante dos órgãos de
controle, como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público, e das
pessoas que trabalhavam nessas condições há mais de 20 anos. Essa é uma data
extremamente importante e um marco nesse processo que estabelece uma nova rotina
administrativa dentro da saúde do Estado e espero que 2020 seja um ano em que
possamos construir muito mais alternativas para buscar a implementação das
propostas que se iniciam hoje”, frisou.
Medidas já adotadas pelo governo em 2019 –
Durante a entrevista coletiva, o governador João Azevêdo também detalhou todas
as ações adotadas pela gestão para assegurar a transparência na gestão da
saúde.
Em janeiro, houve a
implantação da Superintendência de Coordenação e Supervisão dos Contratos de
Gestão e intervenção no Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, no Hospital
Metropolitano Dom José Maria Pires e no Hospital Geral de Mamanguape.
Em fevereiro, foi publicada
a portaria da SES que instaurou procedimento administrativo para realizar
auditorias nas prestações de contas dos contratos de gestão. Em março, foi
assinado o Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, do Trabalho e de
Contas, estabelecendo compromissos que foram adotados a partir de então pelo
estado, para o processo de qualificação, seleção e contratação de Organizações
Sociais.
Em abril, a gestão publicou
o decreto 39.079, que regulamentou o processo de qualificação, seleção e
contratação de Organizações Sociais e o Hospital Geral de Taperoá passou para a
gestão do estado.
Em maio, aconteceu a
publicação de portarias designando os gestores de contratos de gestão
celebrados entre a SES e as OSs e, em junho, foi decretado o fim do contrato
com a Cruz Vermelha.
Já no mês de julho, houve a
abertura do processo de tomada de contas especial dos contratos de gestão
celebrados entre a SES e ABBC, GERIR e Cruz Vermelha e, em setembro, a
implementação de novos fluxos operacionais de fiscalização junto aos gestores
de contrato, com apoio da CGE e Superintendência.
Em outubro, a SES solicitou
mudanças no modelo de Prestação de Contas por meio da Circular nº 005/2019 e
decretou intervenção no Hospital Geral de Mamanguape e Hospital Metropolitano.
Em novembro, foi publicada
uma Nota Conjunta da Superintendência de Coordenação e Supervisão dos Contratos
de Gestão - SCSCG que dispõe sobre novo regramento para as despesas
administrativas, vinculadas aos Contratos de Gestão no âmbito da Saúde. Já em dezembro,
foi implantado o novo modelo de Prestação de Contas, dando mais celeridade ao
monitoramento das metas assistenciais pactuadas nos Contratos de Gestão e
encaminhado à Assembleia Legislativa Projeto de Lei que cria a Fundação PB
Saúde.
“Quando assumimos o governo,
em janeiro de 2019, encontramos uma situação, principalmente com relação às
OSs, a exemplo de contratos vencidos, e fizemos uma nova reengenharia na saúde,
sem interromper os serviços prestados à população, com um sistema de saúde
eficiente e transparente. Esse foi um esforço muito grande para definir esse
novo modelo e adaptar às necessidades da Paraíba”, concluiu.
Secom
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