Integração do São Francisco recebeu mais de R$ 1,3 bilhão, em 2019.
Mais de R$ 1,3 bilhão foram
investidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) nas obras e ações
dos eixos principais do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em 2019. Os
recursos foram concentrados principalmente na recuperação de etapas que já
apresentavam 100% de execução física, mas que exigiram intervenções e reparos
no sistema, a exemplo do Dique Negreiros, no Eixo Norte, e da Barragem Cacimba
Nova, no Eixo Leste, com objetivo de avançar na conclusão do maior
empreendimento hídrico em construção no país.
“Felizmente, as águas do
‘Velho Chico’ voltaram a percorrer os trechos e estão seguindo rumo aos estados
que serão contemplados nos dois eixos – Norte e Leste”, disse o ministro do
Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ao fazer um balanço das ações realizadas
no âmbito do projeto, no ano passado. O avanço da água, porém, só foi possível
após a realização de diagnósticos, serviços e reparos nas duas estruturas –
Dique 1217 e Cacimba Nova, ambos em Pernambuco – construídas, respectivamente,
entre 2013 e 2015 e no período de 2012 a 2014.
Segundo o MDR, nos dois
trechos, aproximadamente 2 mil trabalhadores atuaram intensamente no dique e na
barragem, inclusive com turnos 24 horas. No Dique 1217 no Eixo Norte, por
exemplo, parte do núcleo argiloso foi rebaixado em 10 metros para viabilizar a
injeção de cimento ao longo de toda extensão da estrutura. Foram realizadas
mais de 500 perfurações na rocha da fundação para consolidar poros e fissuras.
“Uma ação de grande complexidade, mas essencial à segurança da população e do
empreendimento. O ministério tem respeitado rigorosamente o protocolo de
enchimento estabelecido pela Agência Nacional de Águas (ANA)”, disse Canuto.
Eixo Norte – 260 km
O Eixo Norte está 97%
finalizado e vai levar a água do São Francisco para os estados de Pernambuco,
do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Em 2019, o trecho recebeu R$
356,9 milhões do MDR e as águas do rio avançaram, pela primeira vez, em direção
ao reservatório Negreiros, em Salgueiro (PE).
“Atualmente, as águas seguem
por gravidade rumo ao reservatório Milagres, localizado entre Verdejante (PE) e
Penaforte (CE). Até o final deste trimestre, será disponibilizada ao
reservatório Jati, em solo cearense. O sistema vai garantir a segurança hídrica
de mais de 4,5 milhões de pessoas nas regiões do Rio Jaguaribe e Metropolitana
de Fortaleza”.
Eixo Leste – 217 km
No Eixo Leste, em 2019, os
investimentos somaram R$ 77,3 milhões. Destinaram-se à execução de serviços
complementares de engenharia consultiva, programas ambientais e recuperação de
estruturas. Desde 2017, quando foram finalizadas as obras para condução das
águas, o Eixo Leste tem abastecido mais de 1,4 milhão de pessoas em 46
municípios, sendo 12 em Pernambuco e 34 na Paraíba.
Em 2019, o Governo Federal
garantiu a continuidade do abastecimento dessas localidades. Com objetivo de
manter a segurança da população que mora às margens dos canais e da estrutura,
foi realizado inspeções e análises na Barragem Cacimba Nova, em Pernambuco. Por
duas vezes – em abril e agosto –, o bombeamento foi interrompido no trecho em
razão de alertas emitidos na fase de enchimento do reservatório.
Além disso, o Ramal do
Agreste – que levará água do Eixo Leste para mais de 2,2 milhões de habitantes
em Pernambuco – contou com aporte de R$ 591 milhões da União.
Reservatórios estratégicos
Os recursos do MDR voltados
ao Projeto São Francisco, em 2019, também foram investidos na recuperação de
reservatórios estratégicos para o empreendimento. Receberam recursos da ordem
de R$ 43 milhões as barragens de Curema (PB), Lima Campos (CE), Poço da Cruz
(PE), São Gonçalo (PB), Poções (PB), Barra do Juá (PE) e Armando Ribeiro
Gonçalves (RN).
Operação e energia solar
O ministério aplicou também
R$ 274,1 milhões que asseguraram a operação, gestão e manutenção das estruturas
já em funcionamento.
Para baratear o custo e
viabilizar a água para população, o Governo Federal, em 2019, incluiu o Projeto
no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil. O planejamento é
realizar, de forma integrada, o leilão de geração de energia solar, autorizado
pelo presidente Jair Bolsonaro, com a concessão de operação e manutenção do
empreendimento.
Segundo o ministro Gustavo
Canuto, a previsão é economizar cerca de 25%, com a redução do custo do metro
cúbico da adução de água bruta de R$ 0,80 para R$ 0,60.
Em todo o ano de 2019, o MDR
investiu mais de R$ 2 bilhões em obras e ações que vão garantir a segurança
hídrica da população no país.
*Com informações do
Ministério do Desenvolvimento Regional
Por Agência Brasil*
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