Mais da metade da população brasileira entre 16 e 25 anos tem HPV
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Mais da metade da população
brasileira (54%) com idade entre 16 e 25 anos, está infectada pelo
Papillomavirus humano, mais conhecido como HPV. É o que revela um estudo
elaborado em 2018 pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Moinhos
de Vento, de Porto Alegre/RS.
O HPV é uma infecção
sexualmente transmissível e é considerada a mais comum no mundo, atingindo
11,7% da população global. Para que a contaminação aconteça, basta o contato
direto com a pele ou mucosa infectada.
A principal forma de
transmissão da doença é pela via sexual, com ou sem penetração. Isso inclui
contato oral-genital, genital-genital ou manual-genital. O contágio com o HPV
pode ocorrer até mesmo durante o parto.
Embora o HPV possa não
manifestar sintomas na maioria das pessoas, ele possui mais de 150 variações e,
ao menos, 13 tipos causadores de câncer, dentre eles o de colo do útero, o de
cervical, o de pênis e o de orofaringe. Além disso, as infecções por HPV
aumentam significativamente o risco de transmissão do HIV, tanto para homens
quanto para mulheres.
Apesar dos números, o
contágio do vírus pode ser evitado com o uso do preservativo e com vacinação,
oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a
pesquisadora Eliana Márcia Wendland, do Hospital Moinhos de Vento, as formas de
prevenção devem ser levadas a sério, já que não existe tratamento para a
eliminação do vírus causador da doença.
“A infecção por HPV não tem
tratamento contra o vírus. Por isso que é importante falarmos de
prevenção. Se eu detecto alguma pessoa
com HPV de alto risco, a única coisa que se pode fazer é ter um cuidado maior
com ela, para fazer o diagnóstico precoce de alguma lesão que essa pessoa possa
apresentar".
Um estudo desenvolvido em
2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ouviu alunos
do 9º ano de escolas públicas e privadas. O levantamento concluiu que 33,8% dos
adolescentes com idade entre 13 e 17 anos não tinham usado camisinha na última
relação sexual que tiveram antes da pesquisa.
Isso representa 9% a menos do que apontou o mesmo estudo feito em 2012.
Se apenas ver uma imagem dos
sintomas já é desagradável, imagine ser uma vítima da doença. Sem camisinha,
você assume esse risco. Use camisinha e proteja-se dessas ISTs e de outras,
como HIV e Hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.
Agência do Rádio
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