Covid-19: ministério muda protocolo de atendimento em posto de saúde.
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Regras dizem respeito ao
atendimento de pacientes sintomáticos
O Ministério da Saúde
anunciou nesta quinta-feira (19) mudanças nos protocolos adotados nos postos de
saúde em razão da epidemia do novo coronavírus. As novas regras dizem respeito
ao atendimento dos pacientes com sintomas da doença e ao encaminhamento de
casos mais graves.
De acordo com o protocolo,
pessoas com sintomas respiratórios devem comunicar a situação assim que
chegarem aos postos. Quem estiver nessa condição terá um tratamento específico,
com prioridade para idosos acima de 60 anos, pessoas com doenças crônicas,
gestante e mulheres dentro do prazo de até 45 dias após o parto.
Parte do protocolo envolve
um sistema de triagem mais rápido (fast track, no termo em inglês), no qual o
paciente com sintomas é levado para um local específico e profissionais
levantam as informações, mantendo distanciamento adequado. A orientação do
ministério é que esses espaços sejam ventilados, de modo a evitar os riscos de
contágio.
Os casos com sintomas leves
de gripe, sem dificuldades respiratórias ou doenças preexistentes, serão
atendidos no próprio posto de saúde. Em cidades com transmissão comunitária, a
síndrome gripal será tratada como infecção pelo novo coronavírus e o paciente
será encaminhado ao isolamento domiciliar do paciente e dos familiares por 14
dias.
Nas demais regiões, também
vale o isolamento, com monitoramento pelos profissionais de saúde a cada 48h.
Caso familiares também apresentem sintomas, o que pode ser indicação de
infecção, devem utilizar máscaras, inclusive quando forem procurar atendimento
na unidade de saúde.
Já os casos mais graves
serão encaminhados para hospitais. Isso envolve pessoas com dificuldade de
respirar e com doenças cardíacas, respiratórias crônicas, renais ou
cromossômicas.
Postos de saúde
Em entrevista coletiva para
atualizar a situação da epidemia no país concedida ontem (19), a equipe do
Ministério da Saúde voltou a enfatizar que pessoas com sintomas sem
complicações não devem sobrecarregar o sistema de saúde.
“Pessoas não devem procurar
portas de urgência ou hospitais. O local para ser procurado são os postos de
saúde de todo o Brasil”, explicou o secretário de atenção primária à saúde do
Ministério da Saúde, Erno Herzheim.
Testes
Na entrevista coletiva, os
representantes do Ministério da Saúde também argumentaram que, diante da
impossibilidade de testar todas as pessoas, os exames serão realizados
prioritariamente em situação grave, como em internação. Em diversas cidades vêm
havendo reclamações de dificuldade para efetuar o teste.
“Nossa prioridade é poder
ter garantia do teste para casos graves. Ninguém vai ser prejudicado por não
fazer o teste. Ele serve para saber quem tem coronavírus e entrar em
isolamento. Já estamos recomendando que pessoas com sintomas entrem em
isolamento. Os assintomáticos não fariam teste. Não tem como fazer teste
agora”, pontuou o secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis.
Agência Brasil
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