Covid-19: Brasil tem 881 mortes registradas em 24h e chega a 12,4 mil.
País bate recorde de novos
registros de mortes por covid-19 em um dia
O Brasil teve 881 novos
registrados de mortes nas últimas 24h e chegou a 12,4 mil. O resultado
representou um aumento de 7,6% em relação a ontem, quando foram contabilizados
11.519 falecimentos pela covid-19. O balanço diário foi divulgado no início da
noite de hoje (12) pelo Ministério da Saúde. Já os novos casos confirmados
foram 9.258, totalizando 177.589. O resultado marcou um acréscimo de 5,4% em
relação a ontem, quando o número de pessoas infectadas estava em 168.331.
Do total de casos
confirmados, 92.593 (52,1%) estão em acompanhamento e 72.597 (40,9%) foram
recuperados. Há ainda 2.050 mortes em investigação.
São Paulo se mantém como
epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos
(3.949). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.928), Ceará (1.280),
Pernambuco (1.157) e Amazonas (1.098).
Além disso, foram
registradas mortes no Pará (864), Maranhão (423), Bahia (225), Espírito Santo
(212), Paraíba (154), Alagoas (150), Minas Gerais (127), Paraná (113), Rio
Grande do Sul (111), Rio Grande do Norte (93), Amapá (86), Santa Catarina (73),
Goiás (52), Acre (51), Rondônia (50), Piauí (49), Distrito Federal (46),
Sergipe (37), Roraima (50), Mato Grosso (19), Tocantins (14) e Mato Grosso do
Sul (11).
Em entrevista coletiva no Palácio
do Planalto, o secretário-substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário,
apresentou a nova plataforma de disponibilização de dados sobre a pandemia. O
site continuou disponibilizando dados atualizados diariamente de casos
confirmados, mortes e a letalidade (número de falecimentos por pessoas
infectadas).
Essas informações são
detalhadas por região e por estado. Foram adicionadas novas informações, como o
número de recuperados e a mortalidade. Os recuperados passaram a ser informados
diariamente desde a troca no comando do Ministério da Saúde.
Na plataforma, são
publicados também dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), grupo de
infecção onde a covid-19 se insere. Contudo, deixaram de ser atualizados
diariamente os números totais de hospitalizados por SRAG, hospitalizados com
covid-19 e hospitalizados com SRAG em investigação.
Primeiros casos
Eduardo Macário informou que
há 39 casos identificados no sistema de informação nacional antes do primeiro
dia, 26 de fevereiro. O Ministério da Saúde pediu para que secretarias
estaduais façam investigação mais detalhada para analisar como se deram esses
casos e transmissão.
“No Sivep gripe temos mais
de 100 mil casos nesses primeiros quatro meses. Queremos entender melhor, [para
saber] se trata-se de erros de digitação. Para nos certificarmos que se tratam
de casos, precisamos da contribuição das secretarias estaduais e municipais”,
disse o secretário.
Profissionais de saúde
A secretária de gestão do
trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Ribeiro, anunciou que a pasta começará
um levantamento dos profissionais de saúde contaminados e mortos em razão da
covid-19. A equipe do ministério comentou que pretende lançar um boletim
epidemiológico com o detalhamento sobre a situação desses profissionais. Até o
momento, há 884 trabalhadores da área registrados no sistema como Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 276 hospitalizados.
Ela informou que o programa
de recrutamento de trabalhadores de saúde Brasil Conta Comigo já cadastrou 931
mil pessoas. Deste total, 431 mil já se dispuseram a atuar em estados e cidades
que tenham esta demanda. O primeiro município a solicitar auxílio foi Manaus,
para onde foram enviados 377 profissionais.
Mayra informou que começou a
ser disponibilizado para os profissionais um apoio psicológico. Entre os
trabalhadores enviados a Manaus, em 6% já foram encontradas situações de
ansiedade e depressão.
“Temos que ter cuidado com
nossos profissionais para que estejam aptos a enfrentar a pandemia. Eles
precisam de mais suporte emocional para continuar atuando”, observou a
secretária.
A secretária respondeu a
questionamentos sobre o atraso no pagamento das bolsas de residência médica,
realizado hoje por entidades que reúnem esses pesquisadores. Ela informou que
atualmente há 22 mil residências. Ela justificou afirmando que as bolsas são
devolvidas quando há inconsistências nos dados bancários. Nesta situação, o
Ministério da Saúde entra em conato com instituição de ensino ou residente.
“Como os sistemas de pagamento abrem uma vez, quando recebemos a correção
esperamos até que o sistema abra para poder reincluí-los”, respondeu Mayra
Ribeiro.
Por Jonas Valente - Repórter
da Agência Brasil
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