Ainda sem data de retorno, MEC lança protocolo de segurança para volta às aulas.
Documento define cuidados
para evitar propagação de covid-19, como distanciamento entre mesas e cadeiras
e medição da temperatura de alunos, professores e funcionários.
O Ministério da Educação
preparou um Protocolo de Biossegurança para oferecer condições mínimas para a
retomada das aulas em universidades e outras instituições de ensino. O
documento define os cuidados que devem ser tomados para evitar a propagação do
novo coronavírus nas 69 universidades federais e nos 41 institutos federais do
país.
As recomendações valem para
espaços como salas de aulas, laboratórios e demais áreas comuns e estabelecem
distanciamento de 1,5 metros entre mesas e cadeiras e a medição da temperatura
de alunos, professores e funcionários. O MEC oriente que as instituições de
ensino dispensem todos os estudantes e servidores que fazem parte dos grupos de
risco do novo coronavírus, como pessoas com diabetes ou hipertensão. Outro
cuidado a ser tomado é o reforço de limpeza de superfícies nesses locais, como
corrimãos, bebedouros e catracas. Ao mesmo tempo, nos casos que forem
possíveis, a prioridade é adotar aulas virtuais.
MEC autoriza que
Instituições federais de ensino retomem aulas on-line até 31 de dezembro
A definição de quando as
aulas retornam ainda não foi tomada pelo MEC, justificando que as unidades
federais de ensino têm autonomia na gestão e estão sujeitas a definições de
estados e municípios. “Vários reitores já me comunicaram que aprovaram nos conselhos
universitários alguns retornos às atividades acadêmicas de forma remota agora
em julho e alguns, em agosto. Mas isso não depende da gente porque envolve a
questão da autonomia universitária”, argumentou em entrevista coletiva o
secretário de Ensino Superior do MEC, Wagner Vilas Boas.
Na quinta-feira (9), o MEC
vai se reunir com representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir um possível
cronograma unificado de retomada das aulas.
Internet gratuita
Para ajudar universidades e
institutos federais a desenvolverem atividades a distância, o Ministério da
Educação também anunciou que vai disponibilizar internet gratuita para um
milhão de alunos em situação de vulnerabilidade social. O benefício é voltado a
alunos com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. A pasta
vai disponibilizar pacotes de internet móvel para que alunos acompanhem sites
previamente selecionados pela instituição de ensino, como as plataformas virtuais
de ensino.
“Nós temos a estatística de
que mais de 90% dos alunos possuem smartphone ou algum aparelho que pode
acessar a internet. O grande gargalo que temos hoje é o acesso à internet, não
o equipamento em si. Por isso nós estamos atacando esse flanco”, apontou o
secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel.
A expectativa do governo
federal é que a internet chegue aos alunos até 20 de julho. Apesar dos
esforços, a volta das atividades presenciais ainda deve demorar na avaliação de
gestores locais. “Quando se fala na retomada das atividades presenciais, isso
só será possível quando houver confirmação da existência de uma vacina e a
disponibilização em massa para a população. Só assim vamos conseguir garantir
um ambiente seguro para os nossos estudantes e servidores”, projeta o reitor do
Instituto Federal de Tocantins, Antônio da Luz Júnior.
Dos 41 institutos federais
espalhados pelo país, 28 estão com as atividades suspensas, com 658 mil alunos
sem aulas. 13 unidades desenvolvem atividades on-line. A mudança no calendário
acadêmico por conta da pandemia também paralisou as atividades de 54 das 69
universidades, deixando 877 mil graduandos sem ensino presencial. Somente 10
universidades adotam atividades remotas, segundo o MEC.
Brasil 61
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