Bolsonaro está com sintomas de Covid-19
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O presidente Jair Bolsonaro
informou nesta segunda-feira (6) à CNN que está com sintomas de Covid-19.
Bolsonaro, que completou 65
anos em março, disse que está com 38°C de febre e 96% de taxa de oxigenação no
sangue, e contou que está tomando hidroxicloroquina. Por causa dos sintomas, a
agenda do presidente para o restante da semana está cancelada.
O presidente já fez um teste
para Covid-19 no próprio Palácio da Alvorada, sua residência oficial. O
resultado do exame deve sair por volta do meio-dia desta terça-feira (7).
Bolsonaro também informou à
CNN que fez também uma ressonância magnética dos pulmões no Hospital das Forças
Armadas, em Brasília. De acordo com o presidente, este exame não identificou
problemas.
Por volta das 18h de hoje
(horário de Brasília), mantendo um hábito praticamente diário, Bolsonaro se
encontrou com apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada, residência oficial
do presidente. Ele estava usando máscara.
"Eu vim do hospital
agora, eu fiz uma chapa no pulmão. Está limpo o pulmão. Vou fazer o exame do
Covid. Está tudo bem", disse Bolsonaro aos apoiadores. A declaração foi
transmitida pelo canal do YouTube Foco do Brasil.
Mais cedo hoje, a CNN
noticiou que a avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, está internada desde
quarta-feira (1º) com Covid-19.
Em maio, Bolsonaro entregou
ao STF (Supremo Tribunal Federal) documentos segundo os quais três testes para
Covid-19 feitos em março deram resultado negativo. O presidente entregou os
exames depois de o jornal O Estado de S. Paulo ter entrado na Justiça para
obter os resultados.
Mais cedo hoje, Bolsonaro
ampliou os vetos ao projeto de lei que prevê o uso obrigatório de máscaras de
proteção facial. O presidente vetou o uso obrigatório de máscaras em prisões e
estabelecimentos de cumprimento de medidas socioeducativas, assim como a necessidade
de que estabelecimentos em funcionamento durante a pandemia precisem
"afixar cartazes informativos sobre a forma de uso correto de máscaras e o
número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro do
estabelecimento".
Bolsonaro já chamou a
Covid-19 de "gripezinha". Em pronunciamento à nação no fim de março,
o presidente disse que tinha "histórico de atleta" e, por isso, não
precisaria se preocupar caso tivesse contraído o novo coronavírus.
O presidente também é um
defensor do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, apesar de ainda
não haver comprovação científica da eficácia do medicamento contra a doença
provocada pelo novo coronavírus. Mesmo assim, em maio, o Ministério da Saúde
passou a autorizar o uso do remédio para casos leves de Covid-19.
No sábado (4), a OMS
(Organização Mundial da Saúde) anunciou a interrupção dos testes com
hidroxicloroquina, alegando que o medicamento produziu "pouca ou nenhuma
redução na mortalidade de pacientes com Covid-19 hospitalizados quando comparados
ao padrão de atendimento".
Na sexta (3), veio a público
um estudo americano que apresentou resultados positivos para o uso de
hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19. O método da
pesquisa, no entanto, foi alvo de críticas nos Estados Unidos.
Nesta segunda, o Brasil
ultrapassou o total de 65 mil pessoas mortas pela Covid-19, segundo balanço
divulgado pelo Ministério da Saúde. O número de casos confirmados no país
chegou a 1.623.284. O governo estima que 927.292 pessoas já tenham se
recuperado da doença.
Leandro Magalhães, da CNN em
Brasília
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