CNM aponta que 78,7% dos prefeitos podem se candidatar à reeleição.
Levantamento promovido pela
Confederação Nacional de Municípios (CNM) indica que 78,7% dos prefeitos podem
se candidatar à reeleição nos pleitos municipais deste ano. Ou seja, dos 5.568
prefeitos, 4.384 gestores estão aptos a concorrer ao pleito pela segunda vez
seguida. Os dados foram consolidados com base dos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs) e em cadastros próprios da entidade.
O estudo aponta ainda que
apenas 1.184 dos prefeitos no exercício atual, ou seja, 21,3%, já foram
reeleitos no pleito de 2016 e, portanto, não podem participar da disputa pela
prefeitura no segundo semestre de 2020. A região Nordeste lidera com o maior número
de líderes municipalistas que podem tentar a reeleição. Ao olhar para cada
Estado da Federação, a maioria poderá manter, em média, 80% dos gestores locais
após as eleições municipais.
Dos possíveis candidatos à
reeleição em 2020, o estudo mostra que a maioria é formada por homens. Do total
de gestores que podem ser reeleitos, 88% são homens e 12% são mulheres. A CNM
ressalta que a questão da maior participação de mulheres e a consequente
eleição de gestoras ainda é um problema relevante no Brasil. Há atualmente
cerca de 700 prefeitas – alguns Estados do Nordeste se destacam por elegerem
maior proporção, mas nacionalmente ainda existem poucas representantes
femininas.
Pleito municipal
A pandemia do coronavírus
(Covid-19) mudou a dinâmica do pleito municipal deste ano. Em julho o Congresso
Nacional aprovou o adiamento do primeiro e do segundo turno das eleições, de 4
e 25 de outubro para 15 e 29 de novembro, respectivamente.
Com este cenário, o
distanciamento social obriga cidadãos com mais de 60 anos a se manterem
afastados do convívio social, o que inviabiliza sua presença em convenções
partidárias, campanhas eleitorais e até mesmo na eleição, a não ser que
exponham sua saúde em risco. Os dados do estudo mostram, ainda que, atualmente
1.313 prefeitos em exercício têm mais de 60 anos e, destes, 1.040 têm o direito
de concorrer à reeleição.
A CNM, junto com as
entidades municipalistas estaduais e microrregionais, acompanha as discussões
desde março deste ano, quando foi decretado o estado de calamidade sanitária
federal em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Confira o estudo
completo.
Agência CNM de Notícias
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