Pesquisa americana aponta melhor material de EPI contra a covid-19.
Máscaras feitas com tecidos
porosos como tricô e crochê não funcionam na prevenção.
Após nove meses de pandemia,
mais de 6 milhões de casos da Covid-19 e quase 173 mil mortes causadas pelo vírus
no Brasil, o País deu início a um processo de flexibilização do isolamento e
retomada econômica. Ainda assim, gestores e profissionais da saúde recomendam
que as medidas de proteção contra o coronavírus não devem ser relaxadas
igualmente. Uma pesquisa do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da
Virgínia (Virginia Tech), nos Estados Unidos, reuniu uma série de cuidados
extras que devem ser aplicados na hora de confeccionar e escolher um dos
principais equipamentos de proteção: a máscara.
O estudo destaca a
importância de se procurar por materiais flexíveis, prendedores que se fixem
atrás da cabeça, e pontua que três camadas devem proteger melhor que apenas
duas. Sobre o material, a pesquisa destaca que não é necessário comprar
máscaras de laboratório, como a N95, para ter segurança contra o vírus. Máscaras
de tecido também protegem com eficiência.
De acordo com a
infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Raquel
Stucchi, é necessário ter atenção ao tipo de tecido utilizado na confecção do
protetor.
“Elas podem ser feitas em casa
e podem ser feitas de tecido. O tecido ideal é o algodão e a melhor máscara,
que vai proteger mais, é aquela que tem uma camada dupla. Se for possível, dá
para colocar uma camada intermediária de um outro tecido, se não for possível
alguns até recomendam que se coloque, por exemplo, uma folha de filtro de
papel”, indica.
A especialista explica que
tecidos como crochê, tricô, renda ou outros com furinhos não servem para
proteger contra o coronavírus. Segundo Raquel o tecido precisa ter uma trama
mais fechada para impedir a passagem do vírus.
Renato Kfoure, diretor da
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirma que a máscara é o meio mais
eficaz de se evitar a Covid-19 porque protege quem usa e quem se
aproxima.
“A máscara, ou qualquer
método de barreira, protege tanto o indivíduo de transmitir a doença, quanto de
adquirir a doença. Devemos salientar que indivíduos que estão naquela fase
antes dos sintomas, chamados pré-sintomáticos, já podem ser transmissores. Além
daqueles que são assintomáticos, que tem a doença e não têm sintomas e ainda
assim podem transmitir”, ressalva.
Os especialistas recomendam
que o indivíduo deve sempre andar com uma máscara reserva e trocar o
equipamento de proteção individual a cada quatro horas. As máscaras também só
devem ser utilizadas quando secas. A umidade pode ajudar o coronavírus a entrar
no sistema imunológico.
Fonte: Brasil 61 -
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