Petrobras reajusta gasolina em 7,6%; aumento vale a partir da terça-feira, dia 19.
O preço médio do litro da
gasolina vendida pela Petrobras em suas refinarias vai passar de R$ 1,84 para
R$ 1,98, o que representa uma alta de 7,6% (R$ 0,15, em média). Esse foi o
primeiro aumento do ano. O último aconteceu no dia 29 de dezembro.
"Os preços praticados
pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação e, desta
maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e
da taxa de câmbio, para cima e para baixo", informou a empresa por meio de
sua assessoria de imprensa, acrescentando que, em 2020, o preço médio da
gasolina em suas refinarias atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro.
A empresa tem sido criticada
por um grupo de concorrentes reunido na Associação Brasileira de Importadores
de Combustíveis (Abicom), que recorreu ao Cade acusando a empresa de praticar
valores abaixo da paridade internacional e, com isso, impedir a competição no
mercado interno.
Segundo o presidente da
entidade, Sérgio Araújo, mesmo com o aumento anunciado nesta segunda-feira, o preço
da estatal ainda não está em linha com o de importação.
A Petrobras, porém, além de
argumentar que pratica a política de paridade, disse também em nota que o preço
da gasolina vendida na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado
em suas refinarias.
"Até chegar ao
consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição
e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens
brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de
combustíveis", destacou.
Afirmou ainda que a
participação dos preços de realização da Petrobras na composição de preços ao
consumidor de gasolina caiu de 31% para 29%. Para isso, utilizou dados
divulgados pelo Global Petrol Prices.
Por Fernanda Nunes, do
Estadão Conteúdo
CNN Brasil
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