Mulher que teve morte cerebral após reação alérgica ao pintar o cabelo terá órgãos doados, diz hospital.
Morte encefálica foi
confirmada depois de 2º protocolo. De acordo com unidade, o 1º não teve
validade. Karine de Oliveira Souza, de 34 anos, passou mal em salão de beleza
de Catalão, na última quarta-feira.
A auxiliar administrativa
Karine de Oliveira Souza, de 34 anos, que teve uma reação alérgica grave após
pintar o cabelo, terá os órgãos doados, segundo a Santa Casa de Catalão, no
sudeste de Goiás. A morte cerebral dela foi confirmada após a realização de um
segundo protocolo, concluído às 17h20 de sábado (13).
A assessoria da Santa Casa
de Catalão informou, às 7h14 deste domingo (14), que a equipe médica da Central
Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO)
realizou entrevistas com a família de Karine, no sábado, para definir os
detalhes da doação dos órgãos. Na ocasião, também foram colhidas amostras para
exames.
De acordo com o hospital, a
captação dos órgãos da paciente ainda não foi realizada, pois é preciso aguardar
os resultados de exames que devem ser concluídos até segunda-feira (15). Só
então será possível saber quais órgãos serão doados.
No sábado de manhã, a Santa
Casa de Catalão havia confirmado a morte cerebral de Karine, mas corrigiu a
informação às 13h, informando que o primeiro protocolo de morte encefálico não
foi válido e precisou ser repetido.
Karine estava internada na
unidade desde quarta-feira (10), depois de passar mal em um salão de beleza.
Ela estava na UTI, inconsciente, entubada e respirava com ajuda de aparelhos.
Segundo o hospital, a paciente teve um choque anafilático.
Karine passou mal na tarde
de quarta-feira (10). Ela foi atendida pelo Corpo de Bombeiros ainda no salão
de beleza e encaminhada para o pronto-socorro da Santa Casa de Catalão.
À TV Anhanguera, a
cabeleireira que atendeu Karine e que não quis se identificar contou que ela
era cliente do salão, mas nunca havia pintado o cabelo no local, apenas
costumava fazer manicure e depilação.
Conforme a cabeleireira,
Karine relatou que começou a sentir um formigamento nas mãos segundos após a
tinta ser aplicada e pediu para o produto ser retirado. Em seguida, ela
apresentou falta de ar. Foi quando a profissional chamou os bombeiros.
De acordo com informações do
Corpo de Bombeiros, no momento do atendimento, a mulher apresentava parada cardiorrespiratória,
estava inconsciente e precisou ser reanimada antes de ser encaminhada para o
pronto-socorro.
Por Lis Lopes, G1 GO
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