Governadores querem mais ajuda financeira para enfrentar pandemia.
Eles estão preocupados com
habilitação de novos leitos em hospitais
Em reunião nesta sexta-feira
(26), em Brasília, com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG), governadores de 23 estados e
do Distrito Federal manifestaram preocupação em recompor o Orçamento Geral da
União, aprovado ontem pelo Congresso, com quase três meses de atraso e com R$
43 bilhões a menos que o aprovado para o ano passado.
Os governadores estão
preocupados com condições de habilitação de novos leitos em hospitais para
tratar casos de covid-19 e querem que o governo federal mantenha a regra de
2020 para habilitação e pagamento de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo
(UTIs) e clínicas. Além disso, querem garantir sustentabilidade no atendimento
aos doentes internados na rede pública de saúde e com insumos, especialmente
medicação para sedação e oxigênio para o tratamento de casos graves do novo
coronavírus.
Auxílio
Na parte social e econômica,
os governadores pressionam para uma aprovação de novas parcelas do auxílio
emergencial de R$ 600, mesmo valor pago pelo governo federal no início da
pandemia no ano passado.
A nova rodada do benefício,
definida por medida provisória (MP 1039/21), começa a ser paga em meados de
abril. O retorno do benefício será em quatro parcelas, com valores específicos
conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas
pode variar de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.
Sobre essa demanda, o
presidente do Congresso foi enfático. “Temos que trabalhar com a realidade que
temos no Brasil, que feliz ou infelizmente, é uma realidade que vai socorrer as
pessoas, mas que não será obviamente aquilo que desejavam os mais necessitados.
(...) Óbvio que todos nós gostaríamos de reeditar o que foi pago no ano
passado, mas não será possível por causa da responsabilidade fiscal e do
Orçamento”, explicou.
Ainda sobre o socorro
financeiro, os governadores cobraram ajuda a estados e municípios mais
atingidos pela pandemia. Os chefes dos Executivos estaduais trataram ainda de
discussões sobre securitização e empréstimo para pagamento de precatórios.
Comitê
Em relação ao recém-criado
comitê anti-covid, com a participação de representantes dos três poderes da
República, os governadores pediram que a coordenação técnica do grupo fique sob
a responsabilidade do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com decisões tomadas
com base na ciência.
“Não haverá convergência
sobre tudo, mas o importante é valorizarmos aquilo que convergimos e irmos para
frente nisso. Naquilo que divergimos, temos mecanismos próprios de solução de
conflitos, mas eu quero valorizar sempre a convergência. O que o Brasil precisa
é de União”, concluiu Pacheco.
Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil –
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