Governo da Paraíba estuda antecipar feriados para ter 'semana mais restritiva' contra a Covid-19.
Governador João Azevêdo (foto), falou ainda sobre chegada de novas vacinas e sobre a situação crítica da
pandemia no estado.
Os feriados na Paraíba podem
ser antecipados para que o estado tenha pelo menos uma semana de medidas
restritivas mais rígidas para frear o avanço da Covid-19, segundo relatou o
governador João Azevêdo (Cidadania), em entrevista à rádio CBN João Pessoa nesta
quinta-feira (24). De acordo com João, uma reunião está sendo feita esta semana
para definir as novas regras do decreto que deve ser publicado no sábado (27),
renovando o que está em vigor atualmente até a sexta-feira (26).
“A antecipação dos feriados ajudam
para que a gente possa ter uma semana mais restritiva em relação às medidas.
Além disso, não traz tanto prejuízo para o setor econômico, já que no dia exato
que seria o feriado que foi antecipado, as atividades funcionam normalmente”,
disse João.
Para isso funcionar, segundo
o governador, é preciso ampliar a fiscalização durante o período do feriadão
nas cidades com atrativos turísticos fortes, com o caso do litoral, com as
praias.
“Nestas regiões, as medidas
restritivas não só têm que permanecer como a fiscalização tem que ser
aumentada, senão não resolve o problema de manter o isolamento”, disse.
João Azevêdo explicou que
caso seja confirmada a antecipação de feriados, que devem ser dois ou três, um
projeto deve ser encaminhado para análise da Assembleia Legislativa da Paraíba
(ALPB). “Assim que for definido, eu entro em contato com a Assembleia para ver
até a possibilidade de uma sessão extraordinária para votar a antecipação dos
feriados”, falou o governador.
Situação crítica
O governador da Paraíba
falou sobre a situação crítica que a Paraíba está no momento atual da pandemia.
“Nós passamos de 3 mil para 4 mil mortes em 100 dias, mas levamos apenas 50
dias para passar de 4 mil para 5 mil. Se não tomarmos medidas para evitar o
contágio acelerado, vamos chegar a 6 mil mortes em 30 dias”, alertou.
Apesar do estado não estar
em colapso na saúde, João explica que é preciso que todos compreendam que o
momento é sério pois há elementos complicadores em todo o país que refletem na
Paraíba.
“Há uma crise de
abastecimento de oxigênio no país inteiro. A demanda está alta e a própria
indústria não estava preparada para produzir o oxigênio em tão pouco tempo”,
cita.
João Azevêdo também relata a
dificuldade na aquisição de equipamentos e na compra de insumos. “A gente pode
ter muitos leitos, ter equipe preparada para atender as pessoas, mas se falta
material, há o colapso. Estamos trabalhando para que isto não ocorra”.
A esperança, segundo o
governador, é no impacto da vacina, que deve começar a surtir efeitos no final
de abril, reduzindo a pressão no sistema.
“Estamos prevendo receber
cerca de 45 milhões de vacinas até o mês que vem e por isso vamos continuar com
o ritmo acelerado de vacinação. Hoje temos dois laboratórios no Brasil
fabricando, que é a Fiocruz e o Butantã, também estamos esperando a Pfizer
adiantar as entregas e isso vai garantir uma cobertura maior de imunização. O
que eu peço é que as prefeituras que ainda tenham vacinas guardadas, que
apliquem estas vacinas. Cada pessoa vacinada é uma pessoa a menos ocupando um
leito”, completa.
Por G1 PB
Nenhum comentário