Projeto prorroga benefícios da Lei Aldir Blanc, de socorro ao setor cultural.
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Os trabalhadores da cultura
beneficiados pela Lei Aldir Blanc podem ter prorrogados o auxílio
emergencial e dos prazos relacionados à aplicação e prestação de contas dos
recursos. A Lei 14.017, de 2020 foi criada a partir de uma iniciativa
do Congresso para socorrer, nos moldes no auxílio emergencial, o setor da
cultura, fortemente atingido pela pandemia de covid-19. O total destinado ao setor
foi de R$ 3 bilhões, pagos no ano passado.
O PL
795/2021 estende os efeitos da Lei Aldir Blanc. Do senador Wellington
Fagundes (PL-MT), o projeto dá a estados e municípios mais tempo para a
alocação dos recursos em projetos culturais já aprovados.
A Lei Aldir Blanc destinou
R$ 3 bilhões ao setor na forma de renda emergencial, subsídio mensal para
manutenção de espaços e para editais e chamadas públicas, entre outros
benefícios, alcançando cerca de 700 mil trabalhadores. Os beneficiários
deveriam prestar contas em até 120 dias após o recebimento da última parcela do
subsídio.
De acordo com senador,
somente o seu estado, o Mato Grosso, teve 596 projetos aprovados e recebeu R$
29 milhões. Os benefícios foram liquidados pela Secretaria Estadual de Cultura,
Esporte e Lazer em 30 de dezembro do ano passado. Isso significa que os artistas
teriam até o final de abril para fazer prestação de contas.
A proposta estende por dois
anos esse prazo, ou seja, até o final de 2022. Além disso, a data limite para a
devolução dos recursos não utilizados será prorrogada até dezembro de 2021.
No fim do ano passado, o
governo federal prorrogou o prazo de utilização dos recursos para o exercício
financeiro de 2021, autorizando que os recursos ainda existentes sejam
utilizados no decorrer deste ano, mas apenas para projetos já definidos em
2020.
Pandemia
Para Wellington Fagundes,
Lei Aldir Blanc, batizada em homenagem ao escritor e compositor que faleceu de
covid-19 em maio de 2020, foi uma “resposta corajosa, contundente e à altura da
crise de saúde pública enfrentada”. Fagundes observa, porém, que a pandemia não
acabou e, por isso, o socorro ao setor deve ser reforçado.
“Pelo contrário, [a
pandemia] apresenta forte tendência de alta com níveis recordes da média móvel
diária de mortes. Espaços culturais continuam fechados, casas de espetáculos
têm acesso restrito ou proibido, e trabalhadoras e trabalhadores da cultura
continuam em grave situação social e econômica”, diz o senador, que também é
relator da comissão temporária que acompanha as medidas de enfrentamento à
covid-19.
Fonte: Agência Senado
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