PT pede suspensão de preparativos para sediar a Copa América no Brasil.
Segundo o partido, a
realização do torneio prejudicaria a contenção da pandemia e facilitaria a
entrada de novas cepas do coronavírus.
O Partido dos Trabalhadores
(PT) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que sejam
interrompidos todos os preparativos para que o Brasil sedie a Copa América
2021, torneio sul-americano de futebol. Em pedido de tutela incidental formulado
na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 756, da relatoria
do ministro Ricardo Lewandowski, o partido quer que o governo federal seja
impedido de assinar contratos e protocolos com a Confederação Sul-Americana de
Futebol (Conmebol) ou com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para
viabilizar a realização do campeonato.
Segundo o PT, a decisão de
sediar o torneio, um dos maiores eventos esportivos do continente, anunciada
nesta segunda-feira (31), vai na contramão dos esforços de parte da sociedade
brasileira para a contenção da pandemia e contraria a norma constitucional de
promover a saúde de todos (artigo 196 da Constituição Federal). A seu ver, a
realização da competição significa a entrada de milhares de pessoas no Brasil, com
a possibilidade de circulação de novas variantes do coronavírus e, em
consequência, o aumento do espectro de cepas a serem combatidas em território
nacional.
Com o argumento de que o
país está em seu pior momento de enfrentamento à pandemia, o partido pede que o
presidente da República e os ministros da Casa Civil, da Saúde, das Relações
Exteriores e do Secretaria Nacional do Esporte prestem esclarecimentos sobre o
processo administrativo instaurado a fim de aferir a condição de o país sediar
evento esportivo internacional desse porte. Requer, ainda, que os prefeitos das
cidades que eventualmente vierem a ser indicadas como sede das partidas e os
governadores dos respectivos estados e do Distrito Federal se manifestem acerca
das ponderações apresentadas no pedido de cautelar e demonstrem que as
condições da estrutura do sistema de saúde estariam aptas a receber o evento.
Fonte: STF
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