Prefeitura do Rio libera público na final da Copa América, no Maracanã.
Jogo entre o Brasil e
Argentina está marcado para amanhã, às 21h
A prefeitura do Rio de
Janeiro liberou a entrada de público no Maracanã, para a final da Copa América
entre o Brasil e a Argentina, amanhã (10), às 21h, mas impôs o limite de 10% de
ocupação por setor do estádio.
O prefeito Eduardo Paes
disse que se a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), organizadora
da competição, decidir usar todo o estádio, que tem capacidade para 65 mil
pessoas, significa que 6,5 mil pessoas poderão entrar desde que apresentem
teste PCR das últimas 48 horas para comprovar que não estão com a covid-19.
Além disso, devem manter distanciamento nas cadeiras e o uso de máscaras.
“Se eles [diretores da
Conmebol] forem usar todos os setores e o estádio cabe 65 mil pessoas, vão ser
6.500. Se resolverem usar o setor mais vip, que cabe 5 mil pessoas, vão ter só
500 pessoas, então, 10% por setor. A decisão é deles, e a partir daí vamos
fiscalizar e todo mundo será devidamente testado”, disse durante a apresentação
do 27º Boletim Epidemiológico da Prefeitura do Rio.
Autorização
O ato do secretário
municipal de Saúde, Daniel Soranz, que autoriza a presença foi publicado na
edição de hoje do Diário Oficial do município.
O secretário informou que
originalmente a solicitação da Conmebol era para permitir a entrada de 50% de
público, o que foi considerado inadequado diante da permanência da pandemia na
cidade.
O prefeito Eduardo Paes
lembrou que para a final da Copa Libertadores, no dia 30 de janeiro, também no
Maracanã, ficou acertado que poderia ter a presença de convidados no limite de 5
mil pessoas. “Da outra vez a gente tinha liberado para 5 mil, eles pegaram um
setor do Maracanã e botaram todo mundo junto. Agora, foram liberados 10% em
cada setor. Se tem um setor que cabe 5 mil pessoas pode ter 500 pessoas”,
disse.
Evento teste
O prefeito disse que a
autorização para a presença e público na Copa América não deixa de ser uma
espécie de evento teste neste momento em que as notícias sobre queda de
internações e de casos da doença são melhores para viver uma transição. Paes
garantiu que não recebeu pressão da Conmebol. “Soube pela imprensa que eles
haviam feito uma solicitação. Consultei o secretário de Saúde. Eles avaliaram
com a maior liberdade do mundo, decidiram ontem e me informaram que não viam
problema em liberar. É um evento importante em que se presta mais atenção.
Final da Copa América jogo Brasil e Argentina, mas não houve nenhuma pressão”,
disse.
Paes reforçou que a
autorização é pontual e que ainda não há uma decisão para a liberação de
público em outros eventos esportivos. O prefeito admitiu que há um decreto
pronto, que chegou a ser anunciado por ele, liberando eventos na cidade diante
de uma série de exigências, mas tomou a decisão de ainda não avançar nessa
área.
“Acho que são regras
difíceis de serem cumpridas a não ser em ocasiões muito especiais. Vamos usar
isso [Copa América] como evento teste, mas não há nada modificado em relação
aquilo que a gente vinha anunciado sobre eventos. Vamos ver como isso vai se
dar”, disse.
Testagem
O superintendente de
Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia, informou
que equipes de vigilância epidemiológica e sanitária vêm acompanhando a Copa
América desde a preparação até a execução do evento. Conforme o protocolo de
segurança, todas as pessoas que ingressam nos locais de jogos são testadas. “Já
foram mais de 8.500 exames de PCR realizados e destes apenas 45 o exame foi
positivo e essa pessoa foi automaticamente excluída do evento. Ela não pode
adentrar às áreas de trabalho, especialmente o estádio”, informou.
Garcia acrescentou que os
testes confirmaram que não foi trazida nenhuma variante nova para a capital.
“Também foi pactuado no protocolo que essas amostras, parte delas, vai para a
vigilância genômica e a gente tem identificação da variante P.1, mostrando que
não houve nenhuma variante trazida pelo evento Este é o cenário que a gente tem
atualmente de vigilância do evento Copa América”, explicou.
As medidas de proteção
continuam valendo na cidade do Rio de Janeiro até o dia 26 de julho. Entre
elas, o uso obrigatório de máscaras e o distanciamento social.
Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil -
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