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Olimpíada de Tóquio termina com 430 casos de Covid-19 em meio a espalhamento da pandemia no Japão.

Adiada em um ano por conta da pandemia e adaptada radicalmente a protocolos sanitários, a Olimpíada de Tóquio chegou ao fim, neste domingo, com 430 casos de infecção por Covid-19. O levantamento, divulgado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), abrange desde 1º de julho.

O maior número de contaminações foi identificado em trabalhadores terceirizados da organização dos Jogos: 236 casos. Houve também testes positivos de Covid-19 em 109 dirigentes de federações e integrantes de corpos técnicos, 29 atletas, 21 voluntários, 25 profissionais de mídia e 10 funcionários da organização.

Entre os 430 infectados, a maioria (398) foi confirmada fora da Vila Olímpica, e 32, dentro. Desse total, 286 dos casos positivos foram em residentes do Japão, e 144 de fora do país. Como não houve públicos nos Jogos desta edição, também não existem casos registrados em espectadores.

O número de infecções saltou com o início oficial dos Jogos. De 1º de julho até dia 22, véspera da cerimônia de abertura, 87 casos foram identificados. Nos sete dias consecutivos, mais 107 pessoas se contaminaram. A semana final da competição, de 2 a 8 de agosto, foi responsável por 172 novos casos. O pico de infecções (31) foi na última quinta-feira, dia de competições para 22 esportes.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) comemorou o fato de a delegação brasileira, composta por 302 atletas além de dirigentes e equipes técnicas, não ter registrado nenhuma infecção. A organização disse, em nota, que vai seguir monitorando seus integrantes por 14 dias após o retorno ao Brasil.

O Japão vive um surto de contaminações pelo novo coronavírus. Em 23 de julho, primeiro dia da Olimpíada, o país tinha uma média de 31,13 casos de Covid-19 para cada milhão de habitantes. No último sábado, o índice tinha batido 102,41, bem acima do pico anterior (51,08 em 14 de maio). O número de mortes em decorrência da doença, no entanto, tem se mantido estável ao longo das últimas cinco semanas, entre 10 e 20 por dia.

A situação da pandemia no país foi motivo de resistência interna contra a realização do torneio. No dia da cerimônia de abertura, centenas de manifestantes contrários ao evento protestaram no entorno do Estádio Nacional de Tóquio. O grupo entrou em confronto com a polícia.

Naquele momento, os organizadores davam um tom sóbrio à solenidade, com distanciamento entre os participantes, redução de equipes, uso de máscara e ausência de público. Houve diversas lembranças e homenagens a vítimas da pandemia, incluindo um minuto de silêncio logo no início.

Dias antes, em meio ao crescimento no número de contaminações entre os atletas que já haviam desembarcado no Japão, o chefe do COI, Thomas Bach, afirmou que haveria "risco zero" de participantes dos Jogos infectarem residentes japoneses com Covid-19.

 

Guilherme Caetano/O Globo/Via Yahoo Notícias

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