Primeiro repasse do FPM de agosto supera os R$ 5 bi e é 89% maior que em 2020.
O primeiro repasse do Fundo
de Participação dos Municípios (FPM) para o mês de agosto ultrapassará R$ 5,6
bilhões. O valor, que será depositado nas contas das prefeituras na próxima
terça-feira, 10 de agosto, é 89,87% maior que o mesmo valor transferido aos
Municípios em 2020, sem contar a inflação.
O repasse total, quando
somado ao desconto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), será de pouco mais de
R$ 7 bi. Segundo a área de Estudos Técnicos da Confederação Nacional de
Municípios (CNM), o primeiro decêndio sofre influência da arrecadação do mês
anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse é dos dias 20 a 30 do
mês anterior.
Desta forma, o 1º decêndio
costuma ser o maior do mês e representa quase a metade do valor esperado para o
mês inteiro. Dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontam crescimento
de 76,30% no 1º decêndio de agosto de 2021, quando deflacionado, ou seja,
levando em conta a inflação do período, se comparado ao mesmo período do ano
anterior.
Os Estudos Técnicos reforçam
que do total repassado para todos os Municípios, os de coeficientes 0,6, por
exemplo, que representam a maioria (2.447 ou 43,95%), ficarão com o valor de R$
1.381.237.064,09, ou seja, 19,70% do que será transferido. A equipe destaca, no
entanto, que os Municípios de coeficiente 0,6 se diferem para cada Estado, uma
vez que cada um tem um valor da participação do Fundo.
A CNM comemora o
comportamento positivo nos primeiros seis meses do ano, se comparado com os
mesmos resultados de 2020, e o mês de agosto provavelmente terá um bom
resultado. Quando a CNM avalia o repasse acumulado do ano, verifica que o total
repassado aos Municípios no período de 2021, apresenta um crescimento de
34,06%, sem considerar os efeitos da inflação e em relação ao mesmo período de
2020. Já com a inflação, o crescimento é de 25,56%.
Alerta
A equipe de Estudos Técnicos
alerta aos gestores municipais que tenham prudência e cuidado com a gestão das
prefeituras, principalmente neste momento de instabilidade por conta da
Covid-19.
A Confederação divulga os
decêndios, mostrando a realidade ao longo de cada mês. O FPM, bem como a
maioria das receitas de transferências do País, não apresenta distribuição
uniforme ao longo do ano. Quando se avalia mês a mês, o comportamento dos
repasses realizados, nota-se que ocorrem dois ciclos distintos: no primeiro
semestre os maiores repasses; e entre julho e outubro, os valores diminuem
significativamente.
Da Agência CNM de Notícias
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