Petrobras vai destinar R$ 300 milhões para programa que prevê gás para famílias de baixa renda.
Projeto vai durar 15 meses e
modelo está na fase final de estudos. Ainda não está claro como se dará o
auxílio e os critérios para as pessoas receberem o benefício.
A Petrobras anunciou nesta
quarta-feira (29) que vai destinar R$ 300 milhões para a criação de um programa
social de apoio a famílias de baixa renda para compra de insumos essenciais,
durante 15 meses, com foco no gás de cozinha. A verba foi aprovada pelo
Conselho de Administração da estatal.
De acordo com a companhia, o
formato do programa está em fase final de estudos, assim como a definição do
critério de escolha das famílias em situação de vulnerabilidade e a busca de
parceiros para captação de investimentos. Ainda não está claro como se dará
esse auxílio e os critérios para as pessoas receberem o benefício.
Existe a possibilidade de um
fundo ser criado para que outras empresas participem do projeto, informou a
Petrobras.
Segundo a empresa, "o
programa visa alinhar a atuação social da empresa ao praticado por outros
players de mercado e se justifica pelos efeitos da situação excepcional e de
emergência decorrentes da pandemia da Covid-19".
“Somos uma empresa socialmente
responsável e comprometida com a melhoria das condições de vida das famílias,
particularmente das mais vulneráveis. A pandemia e todas as suas consequências
trouxeram mais dificuldades para as pessoas em situação de pobreza. Tal fato
alerta a Petrobras para que reforce seu papel social, contribuindo ainda mais
com a sociedade”, disse o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, em
nota distribuída pela empresa.
O anúncio foi realizado no
momento em que a estatal é criticada por lideranças políticas, por conta de sua
política de preços que segue o mercado internacional.
Preço do botijão de gás
Com a inflação em alta no país,
em 16 estados do país o preço médio do botijão atingiu R$ 100 essa semana,
quase 10% de um salário mínimo, que hoje está em R$ 1,1 mil.
Em Mato Grosso, a Agência
Nacional do Petróleo (ANP) encontrou o maior preço cobrado em um botijão: R$
135. Só em Sergipe, o preço máximo ficou abaixo dos R$ 100
Desde o início do ano, o preço
médio do botijão de gás aos consumidores subiu quase 30%, segundo dados da ANP,
passando de R$ 75,29 no final de 2020 a R$ 96,89 na primeira quinzena de
setembro. A alta é mais de 5 vezes a inflação acumulada no período, de 5,67%.
Por g1 Rio e g1 SP
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