Começa nesta segunda (1º) nova etapa da vacinação contra febre aftosa.
Objetivo é proteger cerca de
78 milhões de bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade.
A partir desta segunda-feira
(1º), tem início a segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a
febre aftosa de 2021 para bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade. A
vacinação vai ser realizada na maioria dos estados brasileiros, conforme o
calendário nacional de vacinação e essa etapa tem objetivo de proteger cerca de
78 milhões de animais.
A febre aftosa é causada por um
vírus que tem o contágio fácil, e acomete principalmente os animais de produção
como bovinos, suínos, caprinos, ovinos e outros animais, em especial os de
cascos bipartidos (cascos fendidos). Segundo o chefe da Divisão de Defesa
Agropecuária do MAPA em Goiás, André Brandão Alves, existem muitos riscos em
deixar de vacinar os animais.
“O contágio entre os animais do
rebanho e da região é muito expressivo. Através do contato direto ou indireto
entre os animais, o vírus pode infectar. Então o animal fica com dificuldade de
se alimentar por ter úlceras na boca, na língua e nas patas, então isso vai
prejudicar a locomoção do animal e a própria alimentação, podendo levar até
mesmo à morte”, afirmou o especialista.
Desta forma, além de vacinar o
rebanho, o produtor precisa declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu
estado e essa declaração pode ser feita de forma online ou, quando não for possível,
presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos
prazos estipulados. Em caso de dúvidas, a orientação é que o criador procure o
órgão de defesa sanitária animal de seu estado.
Para além dos problemas de saúde
dos animais, a febre aftosa é uma doença que pode gerar impactos econômicos,
uma vez que pode acometer rebanhos inteiros. Por isso, o presidente do Conselho
Regional de Medicina Veterinária do Mato Grosso, Roberto Renato Pinheiro da
Silva, explica que é preciso que nenhum produtor deixe de realizar a vacina -
que é a única forma de combater a doença e manter o país livre do vírus.
“O aparecimento de febre aftosa
em um rebanho é extremamente prejudicial à economia do produtor, à economia
local e, sem dúvida alguma, à economia nacional. Então é extremamente
importante que o produtor realize a vacinação de acordo com os calendários de
vacinação porque com o rebanho imunizado, dificilmente nós teremos a doença em
nosso plantel”, destacou Pinheiro.
As vacinas devem ser adquiridas
em locais autorizados e precisam ser acondicionadas entre 2°C e 8°C, desde a
compra até o momento da utilização – o que inclui o tempo de transporte e a
aplicação da vacina no animal. É preciso usar agulhas novas para aplicação da
dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal.
Conforme o calendário da
vacinação, dos 19 estados que fazem a vacinação neste período, no Amazonas e em
Mato Grosso apenas os municípios que ainda não têm reconhecimento de áreas
livres de febre aftosa sem vacinação precisam realizar a imunização dos
animais.
Fonte: Brasil 61 -
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