OUTUBRO ROSA: Mastologista afirma que falta de qualidade de mamografias ainda é realidade na Paraíba.
A falta de qualidade das
mamografias ainda é uma realidade na Paraíba. A afirmação é da mastologista
Joana Marisa, coordenadora da Ong Amigos do Peito. A médica alerta que esse
problema interfere diretamente no diagnóstico do câncer de mama e informa que
vem desenvolvendo um trabalho, ao lado do Ministério Público do Estado, para
mudar essa realidade.
Essa preocupação com a qualidade
dos exames de imagem é uma preocupação antiga da Ong Amigos do Peito, que
elaborou material sobre critérios que devem ser usados para a avaliação da
qualidade das mamografias e também propôs um pacto para que os gestores primem
por esse cuidado com o serviço que é prestado.
Dentre as condições necessárias
para que as mamografias sejam aceitas como capazes de fazer a detecção precoce
do câncer de mama, a Amigos do Peito destaca que é preciso a realização de
exames por médicos com título de especialista do Colégio Brasileiro de
Radiologia, mamógrafos com aprovação e comprovação dos Testes de Qualidade,
adequada apresentação dos exames, tempo entre agendamento e realização dos
exames não superior a 20 dias úteis e período entre realização dos exames e
entrega dos resultados não superior a 10 dias úteis.
Também é recomendado realizar
relatórios mensais com os nomes completos e endereço atualizado das pacientes
diagnosticadas com lesões suspeitas e que precisam de investigação complementar
com biópsias, além de avisar à Área Técnica de Saúde da Mulher sempre que por
alguma razão, houver interrupção do atendimento.
“O rastreamento mamográfico
representa a principal arma contra o câncer de mama, e isso já está
cientificamente comprovado, entretanto sem a empatia e o comprometimento dos
que se prontificam a realizar esta fundamental etapa na prevenção secundária
desta patologia tão incidente, não conseguiremos alterar a rota invasiva, e as
mulheres que de nós dependem para vencer esta batalha, tombarão pelo caminho
sem chances de cura”, disse Joana Marisa, lembrando que se detectado no início,
o câncer de mama tem 95% de chances de cura.
A mastologista lembra que a falta
de acesso a mamografia também é uma dura realidade enfrentada por mulheres,
agravada com a pandemia, já que o número de exames caiu 40%. Ela destaca ainda o mutirão para consultas em
mastologia, realizado no Hospital Municipal Santa Isabel (HMSI) pela Prefeitura
de João Pessoa em parceria com a Ong, no ‘Dia D Tudo Rosa’. Foram cerca de 700
atendimentos, entre consultas, exames e agendamentos.
Programação – Nas atividades do
Outubro Rosa estão previstas uma corrida e um pedal. A Corrida Rosa acontecerá
em 23 de outubro, sendo dividida em dois percursos: o primeiro, para
iniciantes, terá extensão de 6km, saindo do Mag Shopping e indo até o Clube dos
Médicos, no bairro do Bessa, em João Pessoa. O outro percurso será a partir do
Busto de Tamandaré, também em direção ao Clube dos Médicos. A taxa de inscrição
é o valor da camisa e do protetor solar, R$ 60. A saída está prevista para às
6h.
Já o Pedal Rosa será realizado em
30 de outubro, a partir das 6h30, com saída do Busto de Tamandaré, no Pórtico,
até Intermares. A participação no pedal será através da compra da camiseta da
Campanha, que custa R$ 30, e da doação de um pacote de absorvente. Todo o
dinheiro é revertido para mamografias e ações educativas.
Como ajudar – A Ong Amigos do
Peito leva mamografia e informações sobre o câncer de mama. A organização
sobrevive de doações e comercialização de camisas. ONG Amigos do Peito – CNPJ
08.101.673/0001-40 – Banco Sicredi (748) – Agência 2201 – c/c 71074-1 – Pix:
(83) 993154386. Após fazer a doação, entre em contato com a ONG para liberação
do Selo Amigos do Peito.
Sobre a ONG – Amigos do Peito foi
criado em 2001 e idealizada com o objetivo de promover um suporte emocional às
mulheres acometidas por câncer de mama. Em Outubro de 2011, motivados pelo
Movimento Mundial de Combate ao Câncer de Mama, denominado Outubro Rosa, a ONG
contatou o Governo da Paraíba, para expor a grande problemática enfrentada pela
população feminina paraibana, com altas taxas de mortalidade resultantes de
diagnósticos tardios, além de alertar para a qualidade sofrível das mamografias
oferecidas pelo SUS. Todos os anos, a organização lança a campanha do Outubro
Rosa para chamar atenção para o problema e arrecadar recursos para combater a
doença.
Assessoria
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