Número de golpes com roubo de informações pessoais mais do que dobra no Brasil.
Entre os crimes estão os que
utilizam engenharia social, que consiste na manipulação psicológica da vítima
para roubo de senhas e números de cartões.
Desde o início da pandemia, em
2020, criminosos aumentaram a frequência de aplicação de golpes na população.
Entre os crimes, estão os que utilizam engenharia social, que consiste na
manipulação psicológica do usuário para que ele forneça aos golpistas informações
confidenciais, como senhas e números de cartões, por exemplo.
De acordo com a Federação
Brasileira de Bancos (FEBRABAN), houve um aumento de 165% nos golpes de
engenharia social no primeiro semestre de 2021, em comparação com o semestre
anterior.
Segundo o diretor-adjunto de
Serviços da FEBRABAN, Walter Faria, no caso do golpe do falso motoboy, por
exemplo, o aumento da incidência foi de 271%. Já o volume de ocorrências do
golpe da falsa central telefônica e do falso funcionário teve crescimento de
62%. Para evitar esses e outros golpes, ele dá algumas dicas.
“Desconfie de pessoas pedindo
dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagens. Geralmente, os golpistas
apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via pix
para contas de terceiros. Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é
mesmo seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão
na maquininha. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco
devidamente uniformizados. Ressaltamos que o banco nunca liga pedindo senhas ou
número do cartão”, orienta.
Outra dica importante é cobrir os
três números do código de segurança - com adesivo, por exemplo. Normalmente os
números ficam na parte de trás do cartão de crédito ou de débito.
Investimento contra golpes
Além de promover campanhas
educativas, a Febraban afirma que as instituições financeiras investem
aproximadamente R$ 2,5 bilhões anualmente em cibersegurança. A quantia
representa cerca de 10% dos gastos totais dos bancos com Tecnologia da
Informação (TI), com o objetivo de garantir a tranquilidade dos clientes.
Principais golpes e como
evitá-los:
Golpe do Falso Motoboy - O golpe
inicia quando o cliente recebe uma ligação do criminoso que se passa por
funcionário da instituição financeira, dizendo que o cartão foi fraudado. O
falso funcionário pede a senha e que o cartão seja cortado, sem danificar o
chip. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. Um
cúmplice do golpe vai até onde a vítima se encontra e retira o cartão. Apesar
de o cartão estar cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem
utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.
Como evitar: Fique atento! As
instituições financeiras nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores
até a sua casa para buscá-lo. Caso receba esse tipo de ligação ou visita, não
entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de
preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.
Golpe da Falsa Central de
Atendimento - O fraudador entra em contato com a vítima e diz ser do banco ou
empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. O criminoso informa que sua
conta foi invadida ou clonada, por exemplo, e solicita os dados pessoais e
financeiros da vítima. Ele ainda pede para que a vítima ligue na central do
banco, no número que aparece atrás do cartão. Porém, o fraudador continua na
linha para simular o atendimento da central e solicitar os dados da sua conta,
dos cartões e a senha, no momento em que você a digita.
Como evitar: Caso receba esse
tipo de contato, desligue e entre em contato com a instituição por meio dos
canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para
saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente
pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para
realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.
Golpe no WhatsApp - Os criminosos
descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem visam clonar a conta
de WhatsApp. Quando eles têm essas informações, tentam cadastrar o WhatsApp da
vítima nos aparelhos deles. Para que a operação seja concluída, é necessário
inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é
instalado em um novo dispositivo.
Os fraudadores enviam uma
mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do
site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. A partir daí, eles
pedem o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo,
afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro,
por exemplo. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp
em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A
partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela
pessoa, pedindo dinheiro emprestado.
Como evitar: Proteja seu WhatsApp
de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”,
depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança
com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas
configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os
seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código
de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo
dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.
Fonte: Brasil 61 -
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