Ministério da Saúde destina R$ 243 mi a Estados e DF para cirurgias eletivas.
Recurso deve fortalecer
secretarias na retomada desses procedimentos, impactados pela pandemia de
Covid-19.
Portaria
do Ministério da Saúde, publicada no último dia 22 de dezembro, estabeleceu
o repasse de R$ 243 milhões a Estados e ao DF para a retomada das cirurgias
eletivas nos hospitais da rede pública.
Cirurgias eletivas são aquelas
agendadas em data facultada pelo paciente ou cirurgião.
Os recursos serão em parcela
única para o Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo
de Atenção Especializada (MAC). O ministério utilizou o critério de
proporcionalidade populacional.
São Paulo (R$ 53 milhões), Minas
Gerais (R$ 24,4 milhões), Rio de Janeiro (R$ 19,9 milhões) e Bahia (R$ 17,2
milhões) receberão as maiores quantias. A distribuição desses recursos para os
municípios ficará a cargo de deliberação de cada Comissão Intergestores
Bipartite.
Segundo representantes dos secretários estaduais e municipais de saúde, esse
dinheiro irá "fortalecer" as secretarias no reestabelecimento desse
tipo de procedimento, prejudicado pela pandemia de Covid-19. Em
nota conjunta, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) afirmaram que o
cenário "demandou a organização da rede voltada para a pandemia, assim
como pela escassez na oferta de insumos e medicamentos para atendimentos aos
procedimentos eletivos".
Apenas em Minas Gerais,
Secretaria de Estado de Saúde estima que cerca de 370 mil cirurgias eletivas
estejam na fila.
Dados
do Conselho Federal de Medicina (CFM) apontam que a pandemia inviabilizou
ou adiou 2,8 milhões de cirurgias eletivas em 2020. Procedimentos como a
cirurgia de catarata, hérnia, vesícula, varizes e postectomia estão entre os
mais afetados.
Para o vice-presidente do CFM,
Donizetti Giamberardino, ainda vai levar tempo para que os atendimentos
eletivos sejam normalizados. “Vai ser necessário, além de 2022, para nós
recuperarmos todos esses atendimentos, todo acompanhamento e monitoramento das
doenças prevalentes, toda realização de diagnósticos em câncer, doenças
cardiovasculares, diabetes e hipertensão arterial”.
Fonte: Brasil 61
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