Bombeiros atualizam número de mortos em Petrópolis para 176.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Equipes trabalham dia e noite no
resgate de vítimas
As mortes provocadas pela chuva
da última semana em Petrópolis, na região serrana fluminense, chegam a 176,
segundo informações do Corpo de Bombeiros. As equipes trabalham dia e noite no
resgate de vítimas. Além dos corpos encontrados, os bombeiros retiraram 24
pessoas com vida.
Segundo a prefeitura de
Petrópolis, 114 corpos tinham sido sepultados até a noite de ontem. O trabalho
de identificação e liberação de corpos continua sendo feito pelo Instituto
Médico Legal (IML). Também estão sendo procurados mais de 100 desaparecidos.
O temporal mais forte caiu no dia
15 de fevereiro, mas desde então a chuva voltou a atingir a cidade em diversas
ocasiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para
hoje é de pancadas de chuva ao longo do dia.
Ontem, a Defesa Civil de
Petrópolis acionou, no fim da tarde, as sirenes do primeiro distrito, além de
emitir avisos por SMS e grupos de comunicação por aplicativo. O primeiro
distrito envolve a parte mais densa da cidade e os bairros já atingidos pelos
deslizamentos de terra e enchentes do dia 15, como Alto da Serra, Bingen,
Quitandinha, Valparaíso e centro.
Hospital de Campanha
A Marinha terminou de montar
ontem (20) um hospital de campanha no Sesi Petrópolis, na Rua Bingen. A unidade
funciona das 8h às 18h, com 12 leitos de enfermaria e cinco estações de
atendimento ambulatorial, aberto a pessoas que precisem de atendimento de baixa
complexidade.
De acordo com o diretor do Centro
de Medicina Operativa da Marinha, capitão Kleber Coelho de Moraes Ricciardi, a
unidade vai apoiar os hospitais da cidade.
“Estamos aqui para apoiar a
estrutura de saúde local, realizando atendimentos clínicos, laboratoriais,
odontológicos, pediátricos, ortopédicos e pequenos procedimentos. Assim,
deixamos os atendimentos de maior complexidade para os hospitais previamente
estabelecidos”.
O apoio da Marinha à tragédia de
Petrópolis começou na madrugada do dia 16, na desobstrução das vias com
motosserras. Caminhões, retroescavadeiras e material para a instalação do
hospital de campanha chegaram na manhã do dia 17. O efetivo da força na cidade
é de 60 viaturas e 300 militares, entre fuzileiros navais, médicos, enfermeiros
e farmacêuticos.
Por Vitor Abdala e Akemi Nitahara - Repórteres da Agência Brasil -
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