CURIMATAÚ OCIDENTAL (PB): Número de casos de dengue já ultrapassa os 600 na região.
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Estado aposta em campanhas de
conscientização de combate ao mosquito transmissor
A taxa de incidência de dengue na
região, ou seja, a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil
habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito
Aedes aegypti, assim como a zika e a chikungunya. A arquiteta, Raquel Calado,
de 35 anos, pegou dengue no trabalho e relata que ficou com sequelas: “Eu senti
muitas dores nas articulações, tive febre e o surgimento de manchas pelo corpo
todo, no primeiro dia eu tive febre, e no segundo a febre continuou e eu
precisei ir ao hospital para ser medicada. Sempre tive cuidado na proliferação
de mosquitos.”
Segundo a secretaria de saúde, em
todo o estado, são 85 cidades em alerta. Na região de Curimataú Ocidental, mais
de 600 casos de dengue já foram registrados. Além disso, segundo o Ministério
da Saúde, três outros municípios também estão com níveis de incidência da Zika
considerados preocupantes
O coordenador-geral de Vigilância
de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais
de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país.
Mas ele lembra que isso não quer dizer que as cidades próximas não devam se
preocupar: “O vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito
rápida e muito grande, tanto que se a gente pegar regiões onde a gente tem uma
baixa transmissão que sejam contíguas, principalmente regiões metropolitanas,
regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque a gente tem o
vetor. O vetor estando presente, isso faz com que a gente tenha uma maior
transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões.”
Devido às altas temperaturas e às
chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e
acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Para evitar a
proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus,
lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o
mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
Situação do País
O Brasil registrou queda 42,6% no
número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram
notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma
pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em
2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em
2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de
muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021.
“Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa
comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às
chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e
acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique
atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
>Vire garrafas, baldes e
vasilhas para não acumularem água.
>Coloque areia nos pratos e
vasos de plantas.
>Feche bem os sacos e lixo.
>Guarde os pneus em locais
cobertos.
>Tampe bem a caixa-d´água.
>Limpe as calhas.
Para o combate é necessário unir
esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam
acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante
um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água.
"É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o
coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio
Peterka.
Fonte: Brasil 61 -
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