Saúde alerta para redução nas coberturas vacinais em crianças de até um ano na Paraíba.
A Secretaria de Estado de Saúde
divulgou, nesta quarta-feira (16), o Informativo de Imunização do ano de 2021,
com a análise das coberturas vacinais das crianças com até um ano de idade. O
Programa Nacional de Imunizações (PNI) estabeleceu a meta de cobertura para
Rotavírus e BCG em 90%, e 95% para as demais vacinas do Calendário Nacional de
Vacinação da Criança, mas o documento mostra que a Paraíba está abaixo da meta
preconizada em todas as vacinas.
Está descrita no informativo a
porcentagem de cobertura das vacinas BGC, Poliomielite, Pentavalente,
Rotavírus, Pneumocócica, Meningocócica, Triplice Viral (primeira dose),
Hepatite “A” e Febre Amarela. O documento indica que a cobertura vacinal sofreu
uma queda considerável a partir de 2020 e que essa situação foi agravada em
2021. A vacina BCG, por exemplo, que protege contra tuberculose, apresentava
cobertura de 94,9% em 2019, passou para 61,21% em 2020 e, em 2021, alcançou
apenas 60,65% do público alvo. Apenas 12 das 223 localidades do estado
conseguiram atingir 90% de cobertura no último ano. O município de Patos é um
dos que tem a situação mais crítica: atingiu apenas 9,35% das crianças que
deveriam ser vacinadas com a BCG.
O secretário de Saúde do estado,
Geraldo Medeiros, destaca que essa é a realidade de todas as vacinas do
calendário previsto para as crianças com idade de até um ano. “Todas as
coberturas vacinais tiveram uma queda abrupta nos últimos dois anos e,
sobretudo nesse momento de pandemia, essa situação preocupa, pois existe a real
possibilidade de que voltemos a apresentar casos de doenças já erradicadas,
como a pólio”, comentou.
Na Paraíba, em 2021, a vacina
contra Poliomielite atingiu 66,29% de cobertura; a Pentavalente alcançou a
marca de 67,11%; a Rotavírus, de 66,71%; a Meningocócica atingiu 66,28% do
público alvo; a primeira dose da Tríplice Viral teve 67,58% de alcance; a
Hepatite “A” chegou a 58,8%, a Febre Amarela teve o pior desempenho, com apenas
45% de alcance e a Pneumocócica teve 70,06% de cobertura, a melhor do estado
entre as nove vacinas citadas no informativo.
“Como a meta mínima é de 90% para
Rotavírus e BCG e 95% para as demais vacinas, a atual cobertura mostra o quanto
a situação da Paraíba é crítica em relação a essas coberturas. O Brasil tem um
dos programas de imunização mais robustos do mundo, todas essas vacinas estão
incluídas no calendário infantil do Ministério da Saúde, são oferecidas de
maneira gratuita pelo SUS e estão disponíveis em mais de mil salas de vacinação
em todo estado. É muito importante que os pais vacinem seus filhos e que os
municípios facilitem esse acesso, ampliando o horário de atendimento e fazendo
a busca das crianças que estão com vacinas em atraso”, alerta Geraldo Medeiros.
Calendário – Ao nascer, o bebê
deve receber uma dose da BCG e da vacina contra Hepatite “B”. Aos dois meses
são aplicadas as primeiras doses da Pentavalente, Rotavírus, Poliomielite e
Pneumocócica. Aos três meses, a criança recebe a vacina que previne contra a
doença Meningocócica C. Aos quatro meses, são dados os reforços de
Pentavalente, Rotavírus, Poliomielite e Pneumocócica e, aos cinco, o reforço da
Meningocócica C. Aos seis meses de vida são aplicadas as terceiras doses da Pentavalente
e da vacina contra pólio e também a dose que protege contra Influenza. Aos nove
meses, a criança é vacinada contra Febre Amarela e, aos 12 meses, ela recebe a
primeira dose da tríplice viral e as doses de reforço da Pneumocócica e
Meningocócica C.
Confira aqui o Informativo de Imunização
Assessoria
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