Polícia Civil da Paraíba prende homem por tentativa de homicídio em Baraúna PB, após 24 anos.
HOMICÍDIOS: Investigações da
Polícia Civil resultam em prisões em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande
do Norte.
A Polícia Civil da Paraíba tem
elucidado diversos crimes em pouco espaço de tempo, em todo o estado, mas
delitos cometidos há muitos anos não ficam de fora do que internamente está
sendo chamado de ‘Radar PCPB’. Nas vésperas da Semana Santa, pelo menos três
investigados em casos diferentes não esperavam ‘perder’ o feriado depois de
tanto tempo em liberdade.
Comecemos pela cidade de
Sousa/PB, onde o Núcleo Tático Especial (GTE) da 19ª Delegacia Seccional de
Polícia Civil conseguiu prender em Guarulhos/SP uma mulher investigada por
tentativa de homicídio em Sousa, no ano de 2007.
A mulher é natural da cidade
paraibana, tem 39 anos de idade e fugiu para o Sudeste do país após cometer o
crime. O GTE realizou os devidos levantamentos, localizou o paradeiro da
foragida e contou com o apoio da Polícia Militar de Guarulhos/SP para
concretizar a prisão, que se deu na terça-feira, 12 de abril deste ano.
Mato Grosso do Sul
Outro paraibano, natural de São
José da Lagoa Tapada, também não acreditava mais que seria preso. Ele tem 60
anos de idade e, doze anos atrás – 19 de fevereiro de 2010 –, ele e um filho
assassinaram um vizinho com golpes de faca e disparos de arma de fogo.
O crime aconteceu no município de
Marizópolis/PB. O investigado foi condenado a 17 anos de prisão pelo delito,
mas fugiu da Paraíba. O GTE da Polícia Civil em Sousa retomou as investigações
e descobriu que o agora sexagenário estava morando na cidade de Dourados, no
Mato Grosso do Sul.
Os investigadores fizeram contato
com a Polícia Civil do MS, e na quinta-feira, 14 de abril, a parceria entre as
duas polícias fez o foragido voltar doze anos na história, para pagar o que
deve à sociedade. Ele está preso naquele estado e deverá ser encaminhado à
Paraíba, quando a justiça assim determinar.
Rio Grande do Norte
A prisão ainda mais inesperada
bateu à porta de um homem de 45 anos de idade, investigado por ter tentado
matar uma pessoa no longínquo ano de 1998, na cidade de Baraúna/PB. Após o
crime, o investigado passou a morar em outras cidades e saindo até do estado.
O Grupo Tático Especial (GTE) da
Polícia Civil em Picuí, sede da 13ª Delegacia Seccional, descobriu que esse
homem estaria morando em Santa Cruz/RN. Na quinta-feira, 14, os policiais
conseguiram monitorar os passos do foragido, prendendo-o e pondo fim a duas
décadas de sensação de impunidade.
Sensação x impunidade
O delegado-geral da Polícia
Civil, André Rabelo, disse que a missão principal da instituição é investigar
os crimes e levar os suspeitos ao banco dos réus, o que vem sendo feito na
Paraíba.
“Uma coisa é sensação de
impunidade, que pode ser explicada por uma série de fatores. Outra coisa é a
própria impunidade. Passar dez ou vinte anos para prender alguém gera uma
sensação de impunidade, mas não gera a impunidade propriamente dita, se o crime
não estiver prescrito. O fato é que, na mesma semana em que prendemos uma
pessoa dez ou vinte anos após o crime, também capturamos outros criminosos em
flagrante; ou dez/vinte dias após o crime; ou dois/cinco meses após o crime.
Depende de cada caso. É assim até mesmo nos países desenvolvidos”, destacou
Rabelo.
Quatro dias
A própria Delegacia Seccional de
Sousa/PB traz, na semana em análise, um exemplo do que o delegado-geral expôs.
No sábado, dia 10 de abril, o pedreiro Isaquiel Manoel de Sousa foi assassinado
durante uma briga em um bar.
Os investigadores do GTE/Sousa
realizaram os levantamentos, identificaram o autor do crime, saíram à sua
procura e foram informados pelo advogado do investigado que este estava
escondido, mas queria se apresentar na delegacia.
Na quarta-feira – quatro dias
após o crime –, o investigado se apresentou, e os policiais cumpriram o mandado
de prisão que já havia sido expedido pela justiça, com base nas investigações
da Polícia Civil.
“Ou seja, para a Polícia Civil, o crime foi elucidado antes dos quatro dias, pois até mesmo o mandado de prisão judicial já havia sido expedido. Mas quem dita as regras para o tempo de prisão do investigado são as inúmeras circunstâncias que rodeiam cada caso concreto. Porém, os nossos números nos deixa bem claro: cedo ou tarde, essa prisão seria consumada; nesta semana ou na próxima década, porque a Polícia Civil não esquece o crime”, conclui André Rabelo.
Assessoria de Comunicação | Polícia Civil da Paraíba
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