2ª Câmara do TCE julga procedente denúncia contra servidor da CAGEPA por acumular cargo de vereador.
Em sessão ordinária híbrida nesta
terça-feira (03), a 2ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba, julgou
procedente denúncia contra o ex-presidente da Câmara Municipal de Nova Olinda,
Valter Gonzaga de Sousa, a quem foi imputado um débito de R$ 241,2 mil, recebidos
entre os anos de 2015 e 2021. Ele acumulou irregularmente os cargos de
vereador, presidente daquela Casa Legislativa e o de servidor da Cagepa –
Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba.
A matéria foi levada ao Pleno,
sob a relatoria do conselheiro André Carlo Torres Pontes. No relatório (proc.
nº 20640/19) ficou demonstrado que o servidor Valter Gonzaga de Souza foi
eleito vereador para mandato na Câmara de Nova Olinda, optando pela remuneração
do cargo de origem, no caso, servidor da Cagepa, tendo em vista a
incompatibilidade de horários. No entanto, ao assumir, passou a receber também
os subsídios de vereador pagos por ele mesmo na condição de presidente daquele
Poder Municipal.
Informou o relator, conforme
consta nos autos, que o servidor presidiu a Câmara Municipal de Nova Olinda
entre os anos de 2015 e 2016, e após esse período, continuou a receber os
subsídios de vereador, mantendo a remuneração da Cagepa sem prestar serviços na
empresa, só vindo a solicitar sua lotação para o município de Nova Olinda em
2021, quando já tramitava a denúncia no âmbito do TCE.
Na decisão, a 2ª Câmara fixou uma
multa de R$ 10 mil ao servidor, a ser recolhida no prazo de 30 dias, com o
encaminhamento de cópias da decisão ao Ministério Público Estadual para as
providências cabíveis e determinação à direção da Cagepa visando abertura de
processo administrativo para apurar outros indícios de irregularidades.
Composição - A Segunda Câmara do
Tribunal de Contas/PB realizou sua 3073ª sessão ordinária por teleconferência.
Na composição do quórum estiveram presentes os conselheiros André Carlo Torres
Pontes (presidente), Arnóbio Alves Viana e Oscar Mamede Santiago Melo
(substituto). Pelo Ministério Público de Contas atuou a subprocuradora Sheyla
Barreto Braga de Queiroz.
Ascom TCE-PB
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