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42% dos criadouros do mosquito da dengue estão em depósitos de água para consumo humano.

Levantamento foi realizado pelo Ministério da Saúde, que chama a atenção para a eliminação de criadouros do Aedes aegypti.

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelo Ministério da Saúde, indicou que 42% dos criadouros do mosquito da dengue estão em depósitos de água para consumo humano. Os números reforçam a importância da participação da população no combate à proliferação do Aedes aegypti, uma vez que o mosquito se mostra cada vez mais habituado ao ambiente doméstico.

O levantamento apontou também que depósitos móveis, fixos e naturais aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 32%, enquanto depósitos de lixo têm incidência de 25%.

Com as altas temperaturas e períodos chuvosos, a expectativa é que o número de criadouros aumente. Por esse motivo, é preciso o empenho da sociedade para eliminar os criadouros e evitar água parada. E as medidas são simples e podem ser implementadas no dia a dia. Especialistas do Ministério da Saúde sugerem que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana.

A Pasta reforça que para fazer o controle efetivo da proliferação do mosquito é necessário tirar ao menos 10 minutos para verificar o telhado, as calhas entupidas, piscina, garrafas, pneus e demais itens que possam se tornar criadouros do transmissor. Mesmo em lugares que necessitem de armazenamento de água é importante não deixar os reservatórios destampados.

As principais medidas para eliminar a formação de criadouros são:

>Lavar com água e sabão tonéis, galões ou depósitos de água e mantê-los bem fechados;

>Manter as caixas d’água bem fechadas;

>Limpar e remover folhas das calhas, deixando-as sempre limpas;

>Retirar água acumulada das lajes;

>Desentupir ralos e mantê-los fechados ou com telas;

>Colocar areia ou massa em cacos de vidro de muros;

>Lavar plantas que acumulam água, como as bromélias, duas vezes por semana;

>Preencher com serragem, cimento ou areia ocos das árvores e bambus;

>Evitar utilizar pratos nas plantas, se desejar mantê-los, colocar areia até a borda dos pratos de plantas ou xaxins;

>Tratar a água da piscina com cloro e limpá-la uma vez por semana;

>Retirar a água e lavar com sabão a bandeja externa da geladeira;

>Lavar bem o suporte para garrafões de água mineral a cada troca;

>Lavar vasilhas de animais com esponja ou bucha, sabão e água corrente, trocá-los uma vez por semana;

>Manter aquários para peixes limpos e tampados ou telados;

>Manter vasos sanitários limpos e deixar as tampas bem fechadas;

>Guardar garrafas vazias e baldes de cabeça para baixo;

>Jogar no lixo objetos que possam acumular água, como: latas, tampas de garrafa, casca de ovo, copos descartáveis;

>Manter a lixeira sempre bem tampada e os sacos plásticos bem fechados;

>Fazer furos na parte inferior de lixeiras externas;

>Descartar ou encaminhar para reciclagem os pneus velhos ou furá-los e guardá-los secos e em locais cobertos.

Ao sentir sintomas como febre, dores de cabeça e no corpo, a recomendação é que o paciente busque a unidade de saúde mais próxima de casa para atendimento.

Sustentabilidade

Para garantir a proteção contra o mosquito vetor das arboviroses, o Ministério da Saúde encaminha um biolarvicida aos estados e municípios, de acordo com a situação epidemiológica local e com a demanda. O produto representa uma alternativa eficiente no controle das larvas dos mosquitos, pois pode ser adicionado em qualquer lugar que acumule água e tenha potencial para ser um criadouro dos insetos.

A nova tecnologia garante um menor impacto ambiental, por se tratar de um produto biológico de baixo impacto para a saúde humana. O tratamento de alguns criadouros com o biolarvicida deve ser considerado complementar e voltado a depósitos que não podem ser eliminados ou manejados de outra forma, pois o controle mecânico é a primeira alternativa sempre.

O grande benefício, em comparação com os inseticidas tradicionais, é que o produto orgânico causa a morte apenas das larvas do mosquito, sem afetar pessoas e nem animais domésticos, inclusive peixes, aves e outros insetos benéficos. Também não afeta o ambiente, porque não é cumulativo ou poluente.

 

Danielle Rodrigues | Ministério da Saúde

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