Cobertura vacinal para sarampo e influenza ainda está baixa na Paraíba.
As Notas Informativas (22 e 23)
divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde, que avaliam as campanhas de
vacinação ainda vigentes contra sarampo e influenza, apontam uma baixa adesão
dos públicos-alvo. As campanhas foram iniciadas em 4 de abril e seguem até dia
3 de junho. A meta é vacinar 95% do público-alvo contra sarampo e 90% contra
influenza, no entanto, até o dia 16 de maio, apenas 38,17% das crianças foram
vacinadas contra sarampo e 37,9% dos grupos contemplados receberam a vacina
contra influenza.
De acordo com as Notas
Informativas, as coberturas vacinais de influenza, por município, apresentam
uma baixa adesão dos grupos alvos. Dos 223 municípios, apenas 107 apresentaram
cobertura superior a 50%. O município de Santo André foi o único a alcançar a
meta preconizada pelo Ministério da Saúde (90%). Entre os dias 9 e 16 de maio,
16 municípios não tiveram alteração de dados de aplicação de vacinas, o que
sugere estagnação da campanha ou atraso na inserção das informações no sistema.
Entre as cidades que têm cobertura mais preocupante, destacam-se Marcação, com
5,5%; Baía da Traição, com 9,4%; Sapé, com 14,2% e Santa Rita, com 14,3%.
Em relação às coberturas vacinais
de sarampo é importante destacar que dois municípios não registraram doses
aplicadas no público infantil: Soledade e São José do Brejo do Cruz. Das 223
localidades paraibanas, apenas 122 apresentaram cobertura superior a 50%. Os
municípios de Olivedos, Boa Ventura, Santo André, Araruna, Maturéia,
Cajazeirinhas, Conceição, Zabelê, Piancó e Serra Grande foram os que atingiram
a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde. Entre as cidades com
menores coberturas, além das duas já citadas, aparecem Pilar, Duas Estradas,
Tenório, Campina Grande e Santana de Mangueira. Todas estão abaixo de 10%.
A secretária de Saúde do Estado,
Renata Nóbrega, observa dois cenários dentre os dados apurados. “Ambas as
coberturas vacinais são insatisfatórias, sobretudo considerando o surgimento de
novos casos de sarampo no Brasil e a sazonalidade que favorece os agravos com
sintomas gripais. Considerando que os dados podem ser resultado da baixa adesão
da população ou do atraso no registro das doses, nos dirigimos não apenas à
população, mas também aos gestores municipais, para que estes regularizem o
lançamento de informações no sistema. Ao mesmo tempo, fazemos um apelo aos pais
para que vacinem seus filhos tanto contra o sarampo quanto contra a gripe. Os
demais grupos, como o dos idosos, gestantes, puérperas, profissionais de
educação e forças de segurança, precisam receber a vacina contra influenza.
Estamos na reta final das campanhas e é importante atingirmos o maior número de
pessoas até o dia 3 de junho”, alertou.
No tocante à vacinação contra
sarampo, a SES informa que, entre os dias 9 e 16 de maio, 41 municípios não
tiveram alteração de dados para nenhum dos públicos; 43 não digitaram nenhuma
dose no público de criança e 88 não inseriram nenhuma dose no público de
trabalhador.
Assessoria
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