Saúde divulga primeiro Levantamento do Índice de Infestação por Aedes aegypti de 2022 na Paraíba.
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Reprodução/Internet |
A Secretaria de Estado da Saúde
(SES) divulgou, nesta segunda-feira (2), o Boletim Epidemiológico (BE) das
Arboviroses equivalente à Semana Epidemiológica 16, até 30 de abril. O
relatório apresenta os dados da dengue, chicungunya e zika na Paraíba e traz o
primeiro Levantamento do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2022
no estado.
O LIRAa é um método de amostragem
que tem como objetivo levantar os dados dos indicadores entomológicos (índice
de infestação predial) com o intuito de fortalecer o combate vetorial. Com ele,
é possível direcionar as ações de forma otimizada para as áreas identificadas
de maior risco.
De acordo com o chefe do Núcleo
de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, Luiz Almeida, o LIRAa funciona como
uma carta de navegação. “Sem essa informação atualizada, a efetividade das
medidas de controle será prejudicada, pois haverá dificuldades em identificar
as áreas com os maiores índices de infestação pelo Aedes Aegypti”, explica.
No primeiro LIRAa de 2022, dos
223 municípios, 57 (25,56%) apresentaram índices que demonstram situação de
risco para ocorrência do surto, 133 (59,64%) encontram-se em situação de alerta
e 33 (14,80%) estão em situação satisfatória. Nos locais inspecionados neste
levantamento, os focos do mosquito foram encontrados nos domicílios,
predominantemente nos reservatórios de água ao nível de solo para armazenamento
doméstico, ou seja, 43% em depósitos do tipo A2 como tonéis, tambor e caixa
d’água no solo. Os demais foram: 20% do tipo B que são pequenos depósitos
móveis como vasos e garrafas; 13% em caixas d'água elevadas; 11% em depósitos
do Tipo C como calhas e lajes; 7% em pneus; 6% do tipo D2 como lixo e materiais
descartáveis; 1% do tipo E, como tronco de árvores, ocos de pedras, bromélias e
outros naturais.
Luiz Almeida pontua que a
aplicação espacial de Ultra Baixo Volume acoplado a veículos (UBV) – carro
fumacê – tem como função específica a eliminação das fêmeas de Aedes aegypti e
deve ser utilizada somente para bloqueio de transmissão e controle de surtos ou
epidemias. Essa ação integra o conjunto de atividades emergenciais e seu uso
deve ser concomitante com todas as demais ações de controle, principalmente a
diminuição de criadouros de mosquitos.
Ele adianta que é necessário
avaliar as atividades de rotina para correção de falhas e priorizar as ações de
controle focal. No período de 2 a 6 de maio, estão previstos para receber a
aplicação de UBV os seguintes municípios: Alhandra, Soledade, Cuité, Lucena,
Mulungú, Patos, São Francisco, Aroeiras e Cachoeira dos Índios. Para as semanas
seguintes do mês de maio estão previstos os municípios de Umbuzeiro, Santa
Rita, Condado, riacho de Santo Antonio, Conde, Água Branca, Areia de Baraúnas,
Curral de Cima, Cuitegí, São Sebastião de Lagoa de Roça e Baraúna. Para os
meses seguintes será avaliado o cenário epidemiológico para a inclusão de novos
municípios.
Até o momento, a Paraíba
apresenta 6.773 casos prováveis de dengue, 4.464 chikungunya e 193 de zika.
Totalizando as três arboviroses, o estado registra 11.430 casos prováveis no ano
de 2022. Até a SE 16 de 2022, foram registrados nove óbitos suspeitos de
arboviroses. Destes, cinco estão em investigação, distribuídos em quatro
municípios: Patos (1), Mulungu (1), Jericó (2) e Serra Branca (1). Três óbitos
foram descartados e um óbito foi confirmado por chikungunya no município de Queimadas.
O Boletim Epidemiológico nº5 está disponível no link: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/be-05_2022.pdf.
Por assessoria
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