Dia Nacional do Diabetes levanta conscientização sobre vida saudável.
A data de 26 de junho leva
informações sobre essa doença perigosa, mas que pode ser bem administrada com
cuidados específicos.
O dia 26 de junho marca o Dia
Nacional do Diabetes, data que promove a conscientização sobre essa doença
perigosa. O diabetes é uma síndrome metabólica provocada pela falta ou
incapacidade de produzir insulina, um hormônio que é produzido pelo pâncreas
para atuar como responsável pela manutenção dos níveis de açúcar no corpo, ou
seja, o metabolismo da glicose.
“O diabetes é uma doença crônica
que requer tratamento e um pouco de disciplina alimentar. Mas a pessoa
consegue, sim, comer de tudo, fazer atividade física, exercer qualquer
profissão que deseja, se estiver, claro, com bom controle, com boa consciência da
doença e bom tratamento”, explica Lorena Lima Amato, médica endocrinologista e
doutora pela Universidade de São Paulo (USP).
Diferentes manifestações
Existem três tipos principais da
doença. No tipo 1, há um defeito do sistema imunológico, os anticorpos atacam
as células que produzem a insulina e elas são destruídas. No tipo 2, há uma
resistência à insulina e deficiência na secreção dela. E existe ainda a chamada
diabetes gestacional, quando ocorre a diminuição da tolerância à glicose,
diagnosticada pela primeira vez na gestação.
O segundo tipo acomete cerca de
90% dos diabéticos. “O diabetes tipo 2, que é o mais prevalente, tem sim uma
forte carga genética. Mas nós sabemos que, se a pessoa se mantiver eutrófica
(que é dentro do peso normal), mantiver uma boa alimentação, atividade física
regular, com bastante massa magra, existe uma grande possibilidade dessa doença
não aparecer”, considera a médica.
A especialista explica que manter
hábitos saudáveis é a melhor forma de evitar o surgimento dessa patologia. “Um
estilo de vida saudável, não ganhar peso. Isso com certeza vai prevenir o
surgimento do diabetes tipo dois”, diz.
Exercícios e diabetes
Para incentivar a prática de
atividades físicas, a mudança de comportamento para algo saudável, combater
complicações da doença e ainda gerar conscientização e união pela causa, Bruno
Helman, ativista e CEO, fundou o Instituto Correndo Pelo Diabetes. Ele foi
diagnosticado com diabetes mellitus tipo 1, aos 18 anos, pouco antes de prestar
vestibular para Relações Internacionais.
Ele teve depressão
pós-diagnóstico e se viu em um cenário desconhecido. “Foi um momento bem
traumático da minha jornada, uma vez que, quando eu fui diagnosticado, eu não
sabia praticamente nada sobre a condição”. Com o tempo, Bruno foi aprendendo
sobre a doença e mudou a rotina para incluir as aplicações de insulina. Ele
encontrou na corrida uma paixão.
“O Correndo Pelo Diabetes é
fundamental, pois ele me trouxe amigos, me trouxe um senso de pertencimento, um
senso de comunidade. A partir dele, eu consegui encontrar a minha missão, o meu
propósito, que é ajudar outras pessoas, ajudar outras famílias para que elas também
se apropriassem e se empoderassem, para que elas vivessem uma vida saudável,
uma vida ativa, uma vida longínqua. Não uma vida apesar do diabetes, mas sim
uma vida com diabetes”, conta.
Nascido em 2017, o projeto é uma
organização sem fins lucrativos que já impactou mais de 2 mil pessoas,
estimulando a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção
da saúde e inclusão da pessoa com diabetes e dos seus familiares. O Correndo
Pelo Diabetes já percorreu mais de 10 cidades no Brasil e no exterior. Além
disso, contabiliza 26 eventos presenciais, entre corridas e distribuição de
cestas básicas durante a pandemia. Hoje, Bruno tem 27 anos e chegou a ganhar o
troféu de atleta do ano na categoria destaque pela Sociedade Brasileira de
Diabetes (SBD).
Fonte: Brasil 61 -
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