Professor é morto a tiros, na PB, um dia depois de publicar vídeo pedindo justiça por morte de familiares.
Caso aconteceu em Brejo dos
Santos. Conforme delegado, homem identificado como Max Izênio Veras da Costa,
de 35 anos, costumava publicar vídeos em seu canal no YouTube denunciando
pessoas já condenadas pela Justiça ou que não possuem indícios de envolvimento
em nenhum crime.
Um professor de 35 anos foi morto
na noite desta quinta-feira (7) no município Brejo dos Santos, na região
imediata de Catolé do Rocha. Na quarta-feira (6), Max Izênio Veras da Costa
havia publicado nas redes sociais um vídeo pedindo justiça por membros de sua
família que, segundo ele, teriam sido mortos por uma facção criminosa.
De acordo com o delegado Homero
Perazzo, Max Izênio foi morto dentro de seu carro, no Centro da cidade. O
delegado relatou que o homem costumava publicar vídeos em seu canal no YouTube
denunciando pessoas que já haviam sido condenadas pela Justiça, além de outras
que não apresentavam indícios de envolvimento com nenhum crime, inclusive
familiares.
“O que aconteceu foi que ele fez
visitas ao Fórum e coletou dados antigos de inquéritos já julgados e com
pessoas já condenadas pelo Tribunal do Júri. Ele acusou cerca de oitenta
pessoas, muitas inocentes e outras não, misturou narrativas”.
No vídeo publicado no YouTube na
quarta-feira (6), Max Izênio Veras aparece em um cemitério da cidade alegando
que mais de 15 pessoas de sua família foram mortas por uma facção, inclusive o
pai dele, e pede justiça. “Esse canal foi feito justamente para a gente pedir
justiça, proteção, né, para as nossas famílias e para desarticular essa facção
criminosa, bem como trazer justiça”.
O homem chega a citar a operação
‘Laços de Sangue’, que aconteceu entre 2011 e 2013 e investigou a atuação de
pistoleiros em homicídios que seriam motivados por rixas entre famílias das
cidades de Catolé do Rocha e Patos, no Sertão da Paraíba, do Rio Grande do
Norte e do Ceará. Esta briga, conforme as investigações, se estenderam por mais
de 30 anos e resultou em pelo menos 100 mortes.
O g1 identificou processos em
nome de Max Izênio Veras por crimes de calúnia, injúria e difamação, no
Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Ainda segundo o delegado, o homem pode
ter atraído inimizades. Contudo, as investigações ainda estão no início e ainda
não há autoria nem motivação definidas.
Por g1 PB
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