TRE determina cassação de vereadores e candidatos ligados ao Cidadania, em Nazarezinho, no Sertão da PB.
Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba
Motivo é que o órgão
identificou a prática de abuso de poder e violação à cota de gênero. Candidatas
Fábia Alves de Sousa e Virginia Leite Silva Lins, que tiveram 2 e 4 votos,
respectivamente, ficam inelegíveis por oito anos.
O Tribunal Regional Eleitoral da
Paraíba (TRE-PB) determinou, nesta segunda-feira (11), a cassação dos registros
e dos diplomas de todos os candidatos vinculados ao Demonstrativo de
Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do Partido Cidadania, no município de
Nazarezinho, no Sertão da Paraíba. Motivo é que o órgão identificou a prática
de abuso de poder e violação à cota de gênero.
De acordo com a decisão, ficam
anulados os votos atribuídos ao partido e determinada uma nova totalização dos
quocientes eleitoral e partidário. Neste caso, estão cassados os mandatos dos
vereadores Tarcísio Vale, Osório Miranda, Dayson Vieira e Lucas Vieira, eleitos
em 2020.
Além disso, as candidatas Fábia
Alves de Sousa e Virginia Leite Silva Lins, que tiveram 2 e 4 votos,
respectivamente, ficam inelegíveis por 8 anos, pelo entendimento, conforme o
TRE, de que elas não teriam participado efetivamente das Eleições de 2020, e
teriam se candidatado apenas para cumprir os requisitos eleitorais a favor dos
partidos.
Ao g1, o advogado de defesa do
Partido Cidadania no município de Nazarezinho, Higor Vasconcelos de Almeida,
disse que respeita a decisão do TRE, mas vai interpor recurso, por entender que
o caso possui especificidades que se diferenciam dos precedentes do TSE.
Conforme o advogado, não houve
violação à cota de gênero, visto que existe um padrão histórico de baixa
votação do município e que, tanto o partido dos responsáveis pela denúncia, quanto
o partido denunciado, registraram poucos votos em candidatas mulheres.
A cota eleitoral de gênero,
segundo Higor Vasconcelos, é de 30% em todos os partidos, e isso teria sido
respeitado pelo Cidadania. O advogado também pontuou que já existe um diferencial
em relação aos outros processos envolvendo cassações. Dos quatro vereadores
eleitos, nenhum ficou inelegível, o que abre procedentes para irregularidades
no processo.
Por g1 PB
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