Críticas às urnas têm objetivo de ‘tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido’, diz Fachin.
Apesar de criticar aqueles que
mantêm discurso contra as urnas eletrônicas, o ministro não mencionou Bolsonaro.
O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse, nesta segunda-feira (1º), que
“desqualificar a segurança das urnas eletrônicas tem um único objetivo: tirar
dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade foi
respeitada”.
O discurso foi feito em sessão de
abertura dos trabalhos do TSE no segundo semestre deste ano, quando a Justiça
Eleitoral comandará as eleições nacionais.
“Quem vocifera não aceitar
resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas
eletrônicas e do processo de votação, está defendendo apenas o interesse
próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão
de ser votado pela maioria da população brasileira”, disse Fachin.
O presidente do TSE afirmou que a
difusão de “desinformação” sobre a segurança das urnas eletrônicas é
“antidemocrática”.
“Há um quarto de século, o
sistema eleitoral brasileiro se apresenta e é seguro e confiável. Todos os
candidatos eleitos no Brasil, desde os vereadores ao Presidente da República,
auferiram a totalidade dos votos que lhes foram concedidos nas urnas. A opção
pela adesão cega à desinformação que prega contra a segurança e auditabilidade
das urnas eletrônicas e dos processos eletrônicos de totalização de votos é a
rejeição do diálogo e se revela antidemocrática”, declarou.
Fachin pediu aos eleitores que
protejam “o seu direito constitucional de votar, em quem quiser, pelo motivo
que achar justo e correto”.
“Não ceda aos discursos que
apenas querem espalhar fake news e violência. O Brasil é maior que a
intolerância e a violência. As brasileiras e os brasileiros são maiores do que
a intolerância e a violência”, disse o ministro.
Apesar de criticar aqueles que
mantêm discurso contra as urnas eletrônicas, o ministro não mencionou o
presidente Jair Bolsonaro.
“O TSE e os tribunais regionais
eleitorais não economizam esforços por conferir transparência e pela
participação das entidades fiscalizadoras no processo eleitoral. Esse esforço
de interlocução com a sociedade tem sido uma constante e a própria instituição
da Comissão de Transparência Eleitoral – CTE e o Observatório da Transparência
Eleitoral – OTE, são do diálogo e da escuta ativa de representantes da
sociedade”, afirmou o ministro.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal
O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM
formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da
República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo
pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Da CNN Brasil
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