Dia da Prevenção e Controle do Colesterol alerta sobre condição silenciosa.
Colesterol alto pode causar
doenças graves, mas não apresenta sintomas e deve ser controlado com uma série
de hábitos de vida.
Esta segunda-feira marca a data
da conscientização sobre o colesterol. O Dia Nacional de Prevenção e Controle
do Colesterol, lembrado em todo 8 de agosto, alerta para essa condição que pode
resultar na principal causa de morte em todo o mundo, que são as doenças
cardiovasculares.
Segundo dados do Ministério da
Saúde, as doenças cardíacas em decorrência do colesterol alto tiram 100 mil
vidas de brasileiros por ano. Apesar de todas as preocupações, os médicos
ressaltam que o colesterol é um composto químico essencial ao organismo e
presente na estrutura de todas as células, formando ácidos biliares que atuam
na digestão e fazendo parte da composição dos hormônios e de algumas
vitaminas.
"O colesterol é muito
importante para o nosso organismo, porque ele é a matéria prima pra formação de
vários hormônios. Hormônio sexual masculino, hormônio sexual feminino. Ele atua
na formação da vitamina D, atua na formação dos sais biliares também e faz
parte da nossa membrana constituinte de várias células do nosso
organismo", explica a doutora Tainã Aci, endocrinologista.
É a falta de controle dele que
pode causar complicações, como cita o médico Marco Lourenço, especialista em
Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e Associação Médica
Brasileira (AMB).
“Ele pode causar entupimentos da
circulação, consequentemente, a falta de circulação em diversos órgãos ou
membros, podendo levar ao AVC, falta de circulação nas pernas, dificuldade de
de angulação, perda de membro”, exemplifica. Um dos efeitos mais conhecidos são
as doenças nas artérias que podem gerar infartos.
Hábitos de vida
Outro alerta vem do fato de que o
colesterol alto não traz sintomas. Ele é diagnosticado avaliando níveis
sanguíneos por meio de exames. Mas há muitas formas de prevenção, como levar
uma vida saudável e observar histórico familiar, por exemplo, como lembra
Andrea Pereira, médica nutróloga e cofundadora da ONG Obesidade Brasil.
“Antigamente, nós achávamos que a
alimentação era a causa do aumento do colesterol. Só ela. Hoje, a gente sabe
que o colesterol aumentado tem relação com um histórico familiar, uma relação
genética, tem uma relação com a obesidade, tem uma relação com diabetes, com a
idade, principalmente das pessoas acima de 60 anos”, pontua.
Os três principais fatores de
risco para o colesterol alto são o histórico familiar, o sedentarismo e a dieta
inadequada. A médica lembra que a alimentação, apesar de não ser um dos únicos
fatores que pode provocar a condição, é de extrema importância. “É importante
evitar uma alimentação gordurosa. Então, se a pessoa tem uma tendência ao
colesterol alto, obesidade, diabetes, você pode estimular essa tendência e isso
aparecer mais cedo. Alimentação com poucas fibras, a gente tem também o
sedentarismo”, cita.
Marcelo Marquezini, administrador
do Distrito Federal, tem 50 anos e descobriu o colesterol alto há um mês, a
partir de exames. “Vou procurar o médico para iniciar um tratamento, talvez uma
dieta. Acho que o colesterol veio por conta de uma vida sedentária. Não faço
exercício nenhum”, comenta.
Estudos mostram que a atividade
física ajuda a queimar o chamado colesterol ruim, que é o LDL (sigla do inglês
low density lipoprotein), e a aumentar o bom HDL (do inglês high density
lipoprotein). Em relação à alimentação, diminuir gorduras e carboidratos e
melhorar o consumo de fibras e alimentos antioxidantes são essenciais para
prevenção e controle.
Fonte: Brasil 61 -
Nenhum comentário