Na Justiça Eleitoral só o voto é secreto, diz Moraes em cerimônia de lacração do sistema de urnas.
Foto: Alejandro Zambrana - Secom/TSE
Presidente do TSE falou
nesta sexta-feira (2) durante cerimônia de assinatura e lacração dos sistemas
das urnas eletrônicas que serão usados nas eleições deste ano.
O presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta
sexta-feira (2), no encerramento da cerimônia de assinatura e lacração dos
sistemas das urnas eletrônicas, que o único segredo envolvendo a Justiça
Eleitoral é o voto dos eleitores.
“Nunca isso foi acompanhado
por tantas pessoas e isso é muito bom, porque legitima cada vez mais a Justiça
Eleitoral. Isso mostra que a Justiça Eleitoral atua de forma pública,
transparente e confia nos seus sistemas. Não há nada de secreto na Justiça
Eleitoral. A única coisa secreta é o voto”, afirmou o ministro.
Moraes e outras autoridades
assinaram digitalmente os sistemas que serão usados nas urnas nas eleições de
outubro. Agora, eles são lacrados numa sala-cofre para não haver alterações.
Segundo o ministro, a
audiência mostra que o TSE tem atuado de forma a dar transparência a todos os
procedimentos.
"Estamos a 30 dias das
eleições e a cerimônia mostra a transparência, segurança, seriedade e confiança
nas eleições de 2022", disse. "Assegura a todos os brasileiros e
brasileiras total transparência nas eleições de 2022."
Lacração dos sistemas
O Tribunal Superior
Eleitoral encerrou nesta sexta a cerimônia de assinatura digital e a lacração
dos sistemas eleitorais que serão utilizados nas eleições deste ano.
Além de Moraes, assinaram o
sistema: vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet; presidente do Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Alberto Simonetti; chefe
da Divisão de Contrainteligência da Polícia Federal, Ricardo Ruiz Silva;
auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU),
Felipe Ribeiro Freire; delegado do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Luiz
Gustavo Pereira da Cunha; e pelo coronel Marcelo Nogueira de Souza, representante
das Forças Armadas indicado pelo Ministério da Defesa.
Em seguida, foram lacrados
digitalmente e fisicamente e armazenados na sala-cofre do tribunal.
De acordo com o TSE, os
processos garantem ao eleitor que o voto registrado na urna será computado de forma
totalmente segura. O evento atesta a integridade e a autenticidade dos
programas eleitorais que serão utilizados nas urnas.
Durante toda a semana, uma
equipe composta por dez técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do
tribunal fez a compilação dos programas do sistema eletrônico de votação para
verificar a integridade e o bom funcionamento.
Tecnicamente falando, essa
etapa também faz a transformação dos códigos-fontes para a linguagem binária,
lida pelas máquinas.
Segundo o TSE, equipes de
especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e das Forças Armadas e
representantes do Ministério Público e do PTB estiveram no espaço destinado ao
evento para acompanhar o início do processo de compilação dos sistemas.
A assinatura e lacração é
uma das etapas finais do ciclo de verificação dos programas que serão usados
nas votações do primeiro e do segundo turnos das eleições, marcados para 2 e 30
de outubro, respectivamente.
A partir da assinatura, se
houver uma alteração no arquivo de origem, ela não é mais validada. Essa medida
impede que haja qualquer mudança nos arquivos assinados.
A próxima fase é a geração
de mídias, na qual os dados dos candidatos serão inseridos nas urnas. Na
véspera do pleito, ocorre a verificação dos sistemas usados na totalização e
envio dos dados.
Por Rosanne D'Agostino, g1 — Brasília
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