Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória.
O Ministério da Saúde incluiu a
varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de
estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades,
em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença.
A medida consta da Portaria nº
3.418, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º). Assinada
pelo ministro Marcelo Queiroga, a norma estabelece que os casos devem ser
relatados diretamente ao Ministério da Saúde.
Causada pelo vírus hMPXV (Human
Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a doença foi declarada emergência de
saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) em julho deste ano. A decisão foi tomada após o aumento do número de
casos em vários países.
No Brasil, o primeiro diagnóstico
foi confirmado no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte
associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG).
Segundo o boletim epidemiológico
que o Ministério da Saúde divulgou no fim da tarde da quarta-feira (31), o
Brasil já contabiliza 5.037 casos confirmados da doença, além de outros 5.391
suspeitas sob investigação. A maior parte dos doentes está no estado de São
Paulo, onde, até ontem, 3.001 casos já tinham sido confirmados. Em seguida vêm
o Rio de Janeiro (675) e Minas Gerais (278) – estados onde ocorreram as duas
mortes pela doença já registradas no país.
Causada por um vírus, a Varíola
dos Macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada
cuja pele esteja lesionada. O contágio pode se dar por abraços, beijos,
massagens ou relações sexuais. A doença também pode ser transmitida por
secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de
cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.
Entre os principais sintomas da
varíola dos macacos estão as erupções cutâneas ou lesões na pele; ínguas;
febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza. O ministério
recomenda que as pessoas consultem um médico caso notem qualquer um destes
sinais.
Na maioria dos casos, os
pacientes apresentam sintomas leves, para os quais não há tratamento
específico, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. Porém, na
semana passada, começaram a chegar ao país os primeiros tratamentos
medicamentosos prescritos para pacientes com risco de desenvolver formas graves
da doença (pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase,
transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças
com menos de 8 anos de idade).
Agência Brasil
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