Eleitores sem cadastro biométrico podem votar neste domingo.
Quem tem título em situação
regular deve exibir documento com foto
Dos mais de 156,5 milhões de
eleitores registrados para votar no segundo turno neste domingo (30), cerca de
118 milhões, o que corresponde a 75,5% do total do eleitorado, estão com a
biometria cadastrada na Justiça Eleitoral.
Outros 38,4 milhões, totalizando
24,48% dos eleitores, ainda não realizaram a coleta de impressões digitais.
Apesar do cadastro biométrico estar suspenso desde 2020 para prevenir o
contágio pelo novo coronavírus, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reforça que
todos com situação eleitoral regular poderão votar, mesmo sem as digitais
registradas. Ou seja, a ausência da biometria não impede o exercício do voto.
O eleitor sem registro biométrico
poderá se identificar com apresentação de um documento válido. Este documento
pode ser o e-Título, se o aplicativo (app) tiver a fotografia do eleitor. Caso
contrário, será preciso apresentar um documento oficial com foto. Pode ser
carteira de identidade, carteira de motorista, passaporte, certificado de
reservista, identidade funcional emitida por órgão de classe e até carteira de
trabalho.
O aplicativo e-Título esteve disponível para smartphones e tablets e pode ser baixado na Google Play e na
App Store. A data limite para fazer o download do app e emitir o documento
digital neste segundo turno do pleito foi até este sábado (29).
O TSE ressalta que, assim como no
primeiro turno, o eleitor não poderá entrar na cabine de votação com o celular.
Também está proibido o transporte de armas e munições, em todo o território
nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores no dia das
eleições, nas 24 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas que o sucedem.
Local de votação
Pelo Portal do TSE, é possível
descobrir o local na aba “Eleitor e Eleições”, na parte superior da página. Ao
clicar nesse tópico, a pessoa será redirecionada para dois menus: em “Eleitor”,
é só clicar no link “Local de votação/zonas eleitorais”.
Ainda na página principal do
tribunal há outra possibilidade de consulta. Basta acessar “Autoatendimento do
Eleitor”, “Onde Votar” e preencher o formulário disponível com as mesmas
informações pessoais para obter os dados. Essas informações também podem ser
conferidas diretamente no aplicativo e-Título.
Além dessas opções, é possível
consultar o local de votação pelo chatbot (programa de computador que tenta
simular um ser humano na conversação com as pessoas) do TSE no WhatsApp. Basta
enviar um “oi” para o número +55 61 996371078 ou clicar no link e salvar o
contato para receber os conteúdos do assistente virtual.
O eleitor deve acessar o menu
principal, clicar em “Acesse o Chatbot” e, em seguida, em “ver tópicos”. Na
sequência, dentro de “Serviços ao Eleitor”, basta escolher a opção “Local de
votação”. A partir daí, a consulta pode ser feita pelo nome completo, título de
eleitor ou Cadastro de Pessoas Físicas - CPF.
Biometria
Apesar de ser utilizada desde
2008, a identificação biométrica virou polêmica nas eleições deste ano, após
falhas na identificação e no trabalho de coleta das digitais que não tinham
sido cadastradas anteriormente. As medidas causaram filas e demora na conclusão
da votação. Eleitores relataram ter ficado cerca de três horas na fila.
Com esse tipo de sistema, ao
chegar à seção de votação, o eleitor apresenta documento com foto, título de
eleitor ou o aplicativo e-Título para quem já tem biometria cadastrada. Em
seguida, coloca a digital no aparelho que faz o reconhecimento, sendo liberado
para votação na urna eletrônica.
De acordo com a Justiça
Eleitoral, antes do uso da biometria, a identificação dos eleitores dependia
exclusivamente do trabalho dos mesários que, por se tratar de intervenção
humana, poderia ocasionar erros e fraudes na votação.
A identificação biométrica foi
utilizada pela primeira vez nas eleições municipais de 2008, nas cidades de São
João Batista (SC), Fátima do Sul (MS) e Colorado do Oeste (RO). Em seguida, nas
eleições gerais de 2010, a biometria passou a ser usada em mais 57 municípios,
e cerca de 1,1 milhão de eleitores ficaram aptos a votar dessa forma.
Nas eleições de 2014, os
eleitores com biometria passaram de 21 milhões. Em 2018, o número superou 85
milhões, chegando a quase 120 milhões em 2020.
A previsão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) é ter 100% do eleitorado reconhecido pela digital nas eleições
de 2026.
Agência Brasil
Nenhum comentário