Outubro Rosa: médica explica sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce.
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Ministério da Saúde |
Mês simboliza a conscientização
sobre a prevenção à doença
Foi numa terça-feira à noite do
ano passado que a publicitária Isabelly Santiago, durante o banho, sentiu um
caroço no seio. Logo na semana seguinte, na consulta com uma oncologista, veio
o diagnóstico do câncer de mama. “Foram seis sessões de quimioterapia. Comecei
em 21 de setembro de 2021 e terminei em 5 de janeiro. Em abril, fiz uma
cirurgia de retirada da mama para não ter risco de voltar, tirando só o
quadrante”, conta.
Passado o tratamento inicial, a
biópsia feita após a cirurgia de Isabelly constatou que não havia mais câncer.
Atualmente, ela ainda continua usando a medicação de anticorpos. Casos como o
da publicitária ocorrem em todo o Brasil. Segundo estimativa do Instituto Nacional
de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, são diagnosticados no
país 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos
a cada 100 mil mulheres.
Outubro Rosa
Outubro marca o mês da
conscientização da doença. Celebrado no Brasil e no exterior, tem o objetivo de
compartilhar informações e alertar a população, a fim de contribuir para a
redução da incidência e da mortalidade pelo câncer de mama. De acordo com o
INCA, esse tipo de câncer é o que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto
em países em desenvolvimento quanto em desenvolvidos.
O recomendado é que mulheres
procurem ginecologista uma vez por ano para que seja feito o exame clínico das
mamas. O diagnóstico precoce é fundamental. Nesse quesito, o autoexame
desempenha papel importante. “O autoexame das mamas serve como rastreio populacional
e é indicado para todas as mulheres. Apesar do câncer ser mais incidente em
mulheres com mais de 50 anos, também pode acometer jovens. O autoexame é
indicado para todas”, explica a ginecologista/obstetra Lorrainy Rabelo.
Há alguns fatores de risco que
podem influenciar no aparecimento do câncer de mama, como tabagismo, má
alimentação, histórico familiar da doença, e mulheres com alguma dessas
condições devem ficar mais atentas. Sobre os sintomas, deve-se suspeitar quando
é percebido um nódulo na mama, geralmente indolor e endurecido, que pode ter
vermelhidão, trazer mudanças no aspecto da pele (de casca de laranja), com
possibilidade de secreção e alterações de formato do mamilo.
O tratamento, explica Rabelo, é
realizado de acordo com o estágio da doença. “Se for um estágio muito inicial,
às vezes precisa tirar apenas uma parte da mama, que é a quadrantectomia. Em
alguns casos, esvaziamento ganglionar, radioterapia, quimioterapia também podem
ser necessários em casos mais avançados”, conclui.
Acompanhamento transformado em
lei
Em setembro deste ano, o
presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto da Câmara (PL 4.171/2021) que
cria o Programa Nacional de Navegação de Pacientes para Pessoas com Neoplasia
Maligna de Mama. A Navegação é o acompanhamento individualizado dos casos de
suspeita ou confirmação do câncer pelos enfermeiros e assistentes sociais, por
exemplo, que devem orientar os pacientes em sua jornada.
Fonte: Brasil 61 –
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